quinta-feira, 29 de abril de 2010

O SER HUMANO INTEGRAL

"As Universidades não ensinam tudo; portanto, o médico deve procurar as velhas, as ciganas, mulheres entendidas em ervas, monges e camponeses, e tomar aulas com eles. O médico deve ser um viajante, porque conhecimento é experiência"

Paracelso
Os tempos estão mudando e, aos poucos, certos assuntos considerados de âmbito religioso estão começando a ser reconhecidos como fatos naturais e, portanto, passíveis de investigação científica.
Num artigo anterior, em meu site, "A medicina já reconhece oficialmente a obsessão espiritual", escrevi que desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social.
Antes, a OMS definia saúde como "o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do ser humano e desconsiderava o bem-estar espiritual”, isto é, o sofrimento humano; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
Mas, após 1988, a OMS passou a definir saúde como "o estado completo de bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico, social e espiritual”. Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na medicina como "Estado de transe e possessão", que é um item do CID - Código Internacional de doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual obsessora.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria — DSM IV já faz uma distinção entre estado de transe normal, mediúnico, e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
Sendo assim, a Associação Americana de Psiquiatria faz um alerta para que o médico tome cuidado para não diagnosticar de forma equivocada, como alucinação ou psicose, casos de pessoas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
No entanto, apesar desse alerta à comunidade médica, o que se vê na prática ainda é muitos médicos rotularem indiscriminadamente todos os pacientes que dizem ouvir ou ver espíritos como "psicóticos" e os tratarem (o que é pior), com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas (no meu entender, os medicamentos químicos, psicotrópicos, só deveriam ser prescritos para os casos que não respondem aos tratamentos clínico convencional e/ou espiritual, e em casos crônicos que trazem perigo para o paciente e/ou familiares; portanto, não como tratamento de primeira escolha).
Como psicoterapeuta e profissional da área de saúde desde 1982, faço um alerta para que psicólogos e psiquiatras escutem atentamente a queixa do paciente quando este afirma que vê espíritos e escuta suas vozes, fazendo um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico e um distúrbio psiquiátrico propriamente dito.
Desta forma, uma coisa é tratar um médium em desequilíbrio e outra é tratar um paciente com um transtorno psicótico, portanto, psiquiátrico.
Um médium desajustado, com os canais mediúnicos abertos, quando não devidamente orientado por um profissional qualificado, pode evoluir, aí sim, para um quadro de transtorno dissociativo psicótico (popularmente conhecido como loucura).
Em minha prática clínica com a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) — A Terapia do Mentor Espiritual, abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral, a maioria dos pacientes que me procura não apresenta um distúrbio psiquiátrico psicótico, mas são médiuns em desequilíbrio, cujo desajuste advém de experiências traumáticas que passaram em vidas passadas e/ou sofrem influência nefasta de espíritos obsessores, desafetos de seu passado que, movidos a ódio e vingança, provocam ou buscam agravar seus sintomas de fobias, ansiedade, depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), doenças orgânicas de causa desconhecida pela medicina, disfunção sexual, problemas financeiro/profissional e de relacionamento interpessoal.

Caso Clínico:
Depressão e Obesidade
Mulher de 30 anos, solteira.

Paciente veio ao meu consultório querendo entender o porque de sua depressão e obesidade. Desenvolveu o quadro depressivo após a morte de sua mãe, que ocorreu há 12 anos (mãe veio a falecer num acidente de carro - seu carro se colidiu frontalmente com um caminhão).
Sentia ainda muito a ausência de sua mãe; por isso, queria entender por que ela veio a falecer daquela forma. Após sua morte, começou também a comer compulsivamente, ganhou 40 quilos de peso e não conseguia emagrecer. Além da depressão e da obesidade, era também muito ansiosa, intranquila, bastante preocupada, ou seja, sofria por antecipação quando tinha que fazer algo importante.
Ao regredir, a paciente me relatou: "Sinto o meu corpo muito pesado, é impossível me mexer” (nessa terapia, quando o paciente sente o corpo pesado e não consegue mexê-lo, normalmente isso ocorre por conta da presença de um espírito obsessor que fica em cima dele, imobilizando-o).
— Qual a primeira impressão que lhe vem dessa sensação física? Use sua intuição — peço à paciente.
"A impressão é como se alguém tivesse em cima de mim. Eu me sinto impotente, pesada e meu corpo dormente” (ela sentia dormência no corpo porque estava captando a presença desse ser espiritual em seu campo de energia).
“Sinto também um peso na mão direita como se esse ser tivesse puxando a minha mão para baixo".
— Pede para ele se identificar e pergunte por que ele está puxando sua mão?
"Vejo a sua silueta, é acinzentada... É um homem, é bem magro, quase cadavérico e está com a cabeça raspada. (pausa). Ele puxa a minha mão".
— Pergunte o que ele quer de você?
"Parece que ele quer que eu o ajude... Ele quer se libertar do sofrimento".
— Pergunte a esse ser que ligação havia entre vocês no passado. "Sinto pena dele (paciente fala chorando). Acho que fomos separados... Nós éramos irmãos (paciente intui)".
— Por que vocês se separaram?
"Ele foi levado para morar num castelo em uma vida passada".
— Pergunte como que ele morreu, e por que se apresenta tão magro?
"Ele diz que se matou, pois não se sentia parte daquela família. A nossa mãe não tinha como cuidá-lo e acabou dando-o a essa família. Nós éramos pobres, ciganos, vivíamos na carroça. Ele era o mais novo dos irmãos. Ele não se sentia feliz nessa família, tinha muita saudade de nós; por isso, não queria se alimentar... Tenho a impressão que ele se suicidou se atirando num lago".
— Pergunte ao seu irmão dessa vida passada há quanto tempo ele vem te acompanhando?
"Ele diz que é desde os meus três anos de idade. Diz também que gosta de mim, e por isso achou que eu podia ajudá-lo".
— Você gostaria de lhe dizer algo?
"Falo que ele é bem-vindo, mas precisa querer se ajudar".
— Pergunte se ele sabe o que é o plano espiritual de luz?
"Diz que não."
— Então, pergunte se ele quer saber e receber ajuda dos espíritos de luz?
"Diz que sim, quer saber e quer também ser ajudado... Agora ele soltou a minha mão e abriu os braços... Está subindo em direção a uma luz dourada... Foi para essa luz".
— Como você se sente agora?
"Mais leve, doeu a minha mão porque ele estava segurando-a bem forte. Mas aquele peso que estava sentindo no meu corpo, desapareceu".

Na sessão seguinte, após o relaxamento inicial, a paciente me relatou: "Tenho a impressão que estou vendo a minha mãe” (fala chorando). Ela me diz: “Pode vir filha, que está tudo bem!”
Estou no astral, é dia, vejo várias pessoas em volta, cada uma faz uma coisa. São homens e mulheres, vestem um camisolão branco; minha mãe também. Ela está bem integrada nessas tarefas. Ela cuida do motorista que colidiu com o carro dela naquele acidente que a vitimou; ele também veio a falecer.
Ele está deitado numa maca, mas está bem. Minha mãe me pede para sair desse lugar. Estou indo para um jardim perto de uma fonte... “Agora estou sozinha esperando alguém”.
— Diga quem você espera...
"É um velhinho baixo. Ele tem barba, cabelo comprido e grisalho. Usa uma camisola dourada".
— Peça para ele se identificar.
"Diz que é o meu mentor espiritual. Ele pede para ficar calma, que todo o meu sofrimento acabou".
— Pergunte ao seu mentor como está o seu irmão daquela vida passada?
"Diz que está bem, para não me preocupar, pois ele está sendo tratado no astral".
— Pergunte se ele estava interferindo negativamente em sua vida?
"Diz que sim, porque ele queria voltar, isto é, encarnar, e como não estava conseguindo, ficou grudado em mim querendo viver a minha vida” (aqui explica porque o povo chama de "encosto" os espíritos obsessores). “Ele sentia fome, pois ainda trazia essa sensação física daquela vida passada, e como estava grudado em mim, acabei sentindo a fome dele".
— Pergunte ao seu mentor espiritual se ele estava também interferindo em sua depressão e ansiedade?
"Diz que sim, mas a minha depressão era porque não sabia identificar o que estava acontecendo. Por isso, sentia tristeza e angústia, mas não sabia que era por causa da presença dele". (pausa). “O meu mentor espiritual está agora me abraçando e me beijando carinhosamente. Pede novamente para me acalmar, fala que tudo passou, e que daqui para frente tudo vai dar certo em minha vida".
— Pergunte-lhe como fica sua depressão e obesidade?
"Falou para ficar calma, que vou emagrecer gradativamente, e que o mesmo irá ocorrer com a depressão porque aquele ser ficou muito tempo comigo. Ressalta que não adianta querer emagrecer de forma rápida porque fiquei sob a influência desse ser muitos anos. Mas me assegura que vou encontrar o meu equilíbrio.
Fala também que todas as minhas dúvidas vão ser respondidas se eu seguir o meu coração, pois ele irá se comunicar comigo através de minha intuição. Em relação à minha mãe, revela que ela teve que ir porque resolveu o que tinha que resolver com todas as pessoas".
— Pergunte ao seu mentor espiritual se ele tem mais algo a dizer do nosso tratamento?
"Diz que a partir de agora tudo irá ocorrer naturalmente em minha vida. Pede para agradecer ao senhor, pois tudo saiu bem nessa terapia. Ele se despede, está indo embora".
Na sessão seguinte, a paciente me disse que estava se sentindo mais calma, mais tranquila. Percebeu a diferença, uma melhora significativa em seu estado emocional.
Antes do tratamento, quando ficava ansiosa, não conseguia parar para refletir se o que tinha que fazer era ou não prioritário, urgente. Ficava extremamente ansiosa, nervosa, agitada, bastante preocupada, e com isso, sofria por antecipação.
Agora, estava conseguindo parar para refletir e avaliar os problemas, sem entrar em desespero. Estava também se sentindo mais leve e mais solta".
[Osvaldo Shimoda]

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