sexta-feira, 30 de abril de 2010

PORTO ALEGRE EM ABRIL

O mês de abril se encerra, mas deixa a beleza natural do outono portoalegrense. Existe outono mais belo? Talvez no Nyrvana!

TEMPO: REALIDADE OU ILUSÃO?

O futuro, na verdade, não existe senão apenas em nossas próprias telas mentais, como projeção que fazemos das regularidades da Criação, pois, no exato momento em que o alcançamos, ele deixa de ser futuro para ser presente e, logo em seguida, passado.
Assim sendo, o futuro ainda não é, mas está para ser de acordo com aquilo que acreditamos que será e com o que trabalhamos para que seja. Daí dizermos que o nosso futuro é o reflexo puro e simples do que realizamos no presente. Daí, também, fazer mais sentido dizermos que o alcançamos e, não, que ele chega até nós, pois somos nós que agimos no sentido de encontrá-lo, e não ele que caminha em nossa direção.
Ora, o presente nós vivemos agora, no mesmo instante em que agimos, pensamos ou falamos conscientemente, mas dura apenas um átimo. O presente, portanto, é algo que podemos constatar, mas que não podemos aprisionar ou congelar.
Qualquer fato presente, repetido no futuro, ainda que no segundo seguinte, é um novo fato, cujas determinantes diferem bastante das que provocaram o fato original.
E qualquer experiência do presente, congelada, torna-se, não uma, mas várias experiências muito similares - porém nunca iguais - seguidas umas das outras, superpostas ou colocadas lado a lado.
Vemos assim que, na verdade, a única coisa que existe para a nossa realidade concreta é o passado, pois só ele, sob a forma de registros dos mais variados tipos, criados por nós, pode ser devidamente arquivado. Ou seja, até o mais recente periódico que chega às nossas mãos já se tornou passado no momento em que se tornou realidade.
Desse modo, seria interessante constatarmos que quando falamos de futuro, falamos de algo que ainda não existe, que ainda não está e que ainda não é, pois o que é e está é aquilo que a nossa consciência é capaz de registrar no instante da ação. Por isso é correta a afirmação segundo a qual cada um "faz o seu futuro". Mas como seria fazer o próprio futuro?
Fazer o futuro é torná-lo realidade do presente, pois de nada adianta visualizarmos um determinado fato futuro se não formos capazes de concretizá-lo no nosso presente. Idealizações futuras, que não se tornam realidade, transformam-se em ficções, das quais está abarrotada a nossa literatura. E para que servem as ficções senão para divertir e apenas despertar o interesse por algum assunto?
É claro que é muito difícil para uma criatura terrena, considerando-se o atual estágio evolutivo da Terra, abstrair-se de suas necessidades, crenças e angústias presentes para lançar-se abertamente na corrente contínua da Criação.
Mas o difícil não é impossível, pois existem aqueles poucos visionários que, num esforço extremo de sua vontade, atiram-se de encontro a esse fluxo ininterrupto de energia criadora e criativa, e visualizam seus próprios potenciais e possibilidades universais, felicitando-se pela descoberta de fatos e realidades que lhes escapavam aos sentidos mais limitados.
O homem terreno está mais acostumado a criar passado ou fazer história, inconscientemente, do que a criar futuro ou trabalhar conscientemente no presente.
No entanto, esta mentalidade vem se modificando com o advento do chamado terceiro milênio, pois o homem vem sendo obrigado a questionar o seu presente na tentativa de modificar aquilo que lhe parece um trágico futuro: o final de tempos, cheio de catástrofes climáticas, violência, guerras, etc.
Com este exercício, o homem tem podido perceber que atualidade e presente são conceitos bem diferentes, bem como contemporaneidade e modernidade.
Como exemplo, podemos tomar a mensagem de Jesus que reconhecemos ser atual, moderna e atemporal, embora saibamos não ser contemporânea nossa.
Há, porém, um pormenor ainda a considerar. O fato de ser atual, moderna e atemporal não significa que não se possa ampliá-la e explicá-la melhor no presente, como, aliás, o fez Kardec, por exemplo, em seu tempo, por meio da Codificação. Muito pelo contrário, o fato de uma idéia, conceito ou mensagem ser considerada atual e moderna deve fazer com que busquemos, ainda mais, aprofundá-la e ampliá-la para que um número maior de pessoas possa compreendê-la e fazer uso dela.
Eis, portanto, o mecanismo pelo qual podemos todos nos tornar senhores da eternidade. Saindo de nós mesmos e colocando-nos à distância de nosso tempo e espaço atuais, podemos projetar a nossa consciência no tempo e espaço infinitos, indivisíveis, pressentindo as possibilidades do futuro e as lições do passado nos acontecimentos do presente que podemos constatar.
Temos sido, somos e sempre seremos o que fazemos de nós mesmos. Por que, então, não nos questionarmos sobre o que temos feito de nós? A cada instante de nossa existência eterna encontramos o futuro embutido nas oportunidades diárias de renovação, transformação, reformulação e crescimento, querendo tornar-se parte de nossa realidade presente. Cabe-nos averiguar como o temos recebido: abrindo-lhe as portas ou, quem sabe, num receio infundado, negando-lhe todas as chances de se manifestar?
Dito isto, poderíamos, então, começar a pensar, ou talvez repensar, como classificaríamos os grandes visionários da humanidade, tais como Albert Einstein, Júlio Verne, Leonardo da Vinci, Galileu Galilei, Sócrates e o próprio Jesus: ficcionistas ou criadores de futuro?
E, assim pensando, restaria fazermo-nos apenas uma pergunta. No que temos transformado a nossa consciência presente: em repositório de relíquias do passado ou em instrumento de futuro?
MIRAMEZ.
Recebido espiritualmente por Maísa Intelisano em maio de 1997.
[Maísa Intelisano]

PENSAMENTO DO DIA


"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." [Chico Xavier]

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O SER HUMANO INTEGRAL

"As Universidades não ensinam tudo; portanto, o médico deve procurar as velhas, as ciganas, mulheres entendidas em ervas, monges e camponeses, e tomar aulas com eles. O médico deve ser um viajante, porque conhecimento é experiência"

Paracelso
Os tempos estão mudando e, aos poucos, certos assuntos considerados de âmbito religioso estão começando a ser reconhecidos como fatos naturais e, portanto, passíveis de investigação científica.
Num artigo anterior, em meu site, "A medicina já reconhece oficialmente a obsessão espiritual", escrevi que desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social.
Antes, a OMS definia saúde como "o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do ser humano e desconsiderava o bem-estar espiritual”, isto é, o sofrimento humano; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
Mas, após 1988, a OMS passou a definir saúde como "o estado completo de bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico, social e espiritual”. Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na medicina como "Estado de transe e possessão", que é um item do CID - Código Internacional de doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual obsessora.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria — DSM IV já faz uma distinção entre estado de transe normal, mediúnico, e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
Sendo assim, a Associação Americana de Psiquiatria faz um alerta para que o médico tome cuidado para não diagnosticar de forma equivocada, como alucinação ou psicose, casos de pessoas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
No entanto, apesar desse alerta à comunidade médica, o que se vê na prática ainda é muitos médicos rotularem indiscriminadamente todos os pacientes que dizem ouvir ou ver espíritos como "psicóticos" e os tratarem (o que é pior), com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas (no meu entender, os medicamentos químicos, psicotrópicos, só deveriam ser prescritos para os casos que não respondem aos tratamentos clínico convencional e/ou espiritual, e em casos crônicos que trazem perigo para o paciente e/ou familiares; portanto, não como tratamento de primeira escolha).
Como psicoterapeuta e profissional da área de saúde desde 1982, faço um alerta para que psicólogos e psiquiatras escutem atentamente a queixa do paciente quando este afirma que vê espíritos e escuta suas vozes, fazendo um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico e um distúrbio psiquiátrico propriamente dito.
Desta forma, uma coisa é tratar um médium em desequilíbrio e outra é tratar um paciente com um transtorno psicótico, portanto, psiquiátrico.
Um médium desajustado, com os canais mediúnicos abertos, quando não devidamente orientado por um profissional qualificado, pode evoluir, aí sim, para um quadro de transtorno dissociativo psicótico (popularmente conhecido como loucura).
Em minha prática clínica com a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) — A Terapia do Mentor Espiritual, abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral, a maioria dos pacientes que me procura não apresenta um distúrbio psiquiátrico psicótico, mas são médiuns em desequilíbrio, cujo desajuste advém de experiências traumáticas que passaram em vidas passadas e/ou sofrem influência nefasta de espíritos obsessores, desafetos de seu passado que, movidos a ódio e vingança, provocam ou buscam agravar seus sintomas de fobias, ansiedade, depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), doenças orgânicas de causa desconhecida pela medicina, disfunção sexual, problemas financeiro/profissional e de relacionamento interpessoal.

Caso Clínico:
Depressão e Obesidade
Mulher de 30 anos, solteira.

Paciente veio ao meu consultório querendo entender o porque de sua depressão e obesidade. Desenvolveu o quadro depressivo após a morte de sua mãe, que ocorreu há 12 anos (mãe veio a falecer num acidente de carro - seu carro se colidiu frontalmente com um caminhão).
Sentia ainda muito a ausência de sua mãe; por isso, queria entender por que ela veio a falecer daquela forma. Após sua morte, começou também a comer compulsivamente, ganhou 40 quilos de peso e não conseguia emagrecer. Além da depressão e da obesidade, era também muito ansiosa, intranquila, bastante preocupada, ou seja, sofria por antecipação quando tinha que fazer algo importante.
Ao regredir, a paciente me relatou: "Sinto o meu corpo muito pesado, é impossível me mexer” (nessa terapia, quando o paciente sente o corpo pesado e não consegue mexê-lo, normalmente isso ocorre por conta da presença de um espírito obsessor que fica em cima dele, imobilizando-o).
— Qual a primeira impressão que lhe vem dessa sensação física? Use sua intuição — peço à paciente.
"A impressão é como se alguém tivesse em cima de mim. Eu me sinto impotente, pesada e meu corpo dormente” (ela sentia dormência no corpo porque estava captando a presença desse ser espiritual em seu campo de energia).
“Sinto também um peso na mão direita como se esse ser tivesse puxando a minha mão para baixo".
— Pede para ele se identificar e pergunte por que ele está puxando sua mão?
"Vejo a sua silueta, é acinzentada... É um homem, é bem magro, quase cadavérico e está com a cabeça raspada. (pausa). Ele puxa a minha mão".
— Pergunte o que ele quer de você?
"Parece que ele quer que eu o ajude... Ele quer se libertar do sofrimento".
— Pergunte a esse ser que ligação havia entre vocês no passado. "Sinto pena dele (paciente fala chorando). Acho que fomos separados... Nós éramos irmãos (paciente intui)".
— Por que vocês se separaram?
"Ele foi levado para morar num castelo em uma vida passada".
— Pergunte como que ele morreu, e por que se apresenta tão magro?
"Ele diz que se matou, pois não se sentia parte daquela família. A nossa mãe não tinha como cuidá-lo e acabou dando-o a essa família. Nós éramos pobres, ciganos, vivíamos na carroça. Ele era o mais novo dos irmãos. Ele não se sentia feliz nessa família, tinha muita saudade de nós; por isso, não queria se alimentar... Tenho a impressão que ele se suicidou se atirando num lago".
— Pergunte ao seu irmão dessa vida passada há quanto tempo ele vem te acompanhando?
"Ele diz que é desde os meus três anos de idade. Diz também que gosta de mim, e por isso achou que eu podia ajudá-lo".
— Você gostaria de lhe dizer algo?
"Falo que ele é bem-vindo, mas precisa querer se ajudar".
— Pergunte se ele sabe o que é o plano espiritual de luz?
"Diz que não."
— Então, pergunte se ele quer saber e receber ajuda dos espíritos de luz?
"Diz que sim, quer saber e quer também ser ajudado... Agora ele soltou a minha mão e abriu os braços... Está subindo em direção a uma luz dourada... Foi para essa luz".
— Como você se sente agora?
"Mais leve, doeu a minha mão porque ele estava segurando-a bem forte. Mas aquele peso que estava sentindo no meu corpo, desapareceu".

Na sessão seguinte, após o relaxamento inicial, a paciente me relatou: "Tenho a impressão que estou vendo a minha mãe” (fala chorando). Ela me diz: “Pode vir filha, que está tudo bem!”
Estou no astral, é dia, vejo várias pessoas em volta, cada uma faz uma coisa. São homens e mulheres, vestem um camisolão branco; minha mãe também. Ela está bem integrada nessas tarefas. Ela cuida do motorista que colidiu com o carro dela naquele acidente que a vitimou; ele também veio a falecer.
Ele está deitado numa maca, mas está bem. Minha mãe me pede para sair desse lugar. Estou indo para um jardim perto de uma fonte... “Agora estou sozinha esperando alguém”.
— Diga quem você espera...
"É um velhinho baixo. Ele tem barba, cabelo comprido e grisalho. Usa uma camisola dourada".
— Peça para ele se identificar.
"Diz que é o meu mentor espiritual. Ele pede para ficar calma, que todo o meu sofrimento acabou".
— Pergunte ao seu mentor como está o seu irmão daquela vida passada?
"Diz que está bem, para não me preocupar, pois ele está sendo tratado no astral".
— Pergunte se ele estava interferindo negativamente em sua vida?
"Diz que sim, porque ele queria voltar, isto é, encarnar, e como não estava conseguindo, ficou grudado em mim querendo viver a minha vida” (aqui explica porque o povo chama de "encosto" os espíritos obsessores). “Ele sentia fome, pois ainda trazia essa sensação física daquela vida passada, e como estava grudado em mim, acabei sentindo a fome dele".
— Pergunte ao seu mentor espiritual se ele estava também interferindo em sua depressão e ansiedade?
"Diz que sim, mas a minha depressão era porque não sabia identificar o que estava acontecendo. Por isso, sentia tristeza e angústia, mas não sabia que era por causa da presença dele". (pausa). “O meu mentor espiritual está agora me abraçando e me beijando carinhosamente. Pede novamente para me acalmar, fala que tudo passou, e que daqui para frente tudo vai dar certo em minha vida".
— Pergunte-lhe como fica sua depressão e obesidade?
"Falou para ficar calma, que vou emagrecer gradativamente, e que o mesmo irá ocorrer com a depressão porque aquele ser ficou muito tempo comigo. Ressalta que não adianta querer emagrecer de forma rápida porque fiquei sob a influência desse ser muitos anos. Mas me assegura que vou encontrar o meu equilíbrio.
Fala também que todas as minhas dúvidas vão ser respondidas se eu seguir o meu coração, pois ele irá se comunicar comigo através de minha intuição. Em relação à minha mãe, revela que ela teve que ir porque resolveu o que tinha que resolver com todas as pessoas".
— Pergunte ao seu mentor espiritual se ele tem mais algo a dizer do nosso tratamento?
"Diz que a partir de agora tudo irá ocorrer naturalmente em minha vida. Pede para agradecer ao senhor, pois tudo saiu bem nessa terapia. Ele se despede, está indo embora".
Na sessão seguinte, a paciente me disse que estava se sentindo mais calma, mais tranquila. Percebeu a diferença, uma melhora significativa em seu estado emocional.
Antes do tratamento, quando ficava ansiosa, não conseguia parar para refletir se o que tinha que fazer era ou não prioritário, urgente. Ficava extremamente ansiosa, nervosa, agitada, bastante preocupada, e com isso, sofria por antecipação.
Agora, estava conseguindo parar para refletir e avaliar os problemas, sem entrar em desespero. Estava também se sentindo mais leve e mais solta".
[Osvaldo Shimoda]

PENSAMENTO DO DIA

"O Silêncio é a oração dos sábios." [Augusto Cury]

quarta-feira, 28 de abril de 2010

POR QUE FICAMOS DOENTES?

Todos nós somos seres animados, temos magnetismo, alma, carisma. Essa força que nos anima é um sopro de vida, uma energia primordial que habita nossos corpos, nos confere vitalidade, movimento, força, ação. Essa energia já foi ao longo da história e de acordo com os diferentes povos, denominada de vários nomes. Para facilitar, aqui, vamos chamar apenas de força de vida.
Podemos chamar assim porque esse sopro de vida é a força da existência que nos ilumina, nos ativa e faz com que todos os nosso movimentos, sistemas e possibilidades aconteçam.
Um equipamento elétrico só funciona se ligado na tomada. Um ser vivo só pode assim ser considerado se estiver recebendo essa força de vida. Nós, seres humanos, estamos sempre procurando formas de definir Deus, pois bem, essa é mais uma definição: Deus é a força que nos dá vida.
Captamos esse fluxo a todo instante, abundantemente. Você não precisa acionar um botão ou abrir uma torneira para que essa energia lhe abasteça, basta você existir que ela fluirá.
É um tipo de energia sutil, invisível, emanada pelo universo em freqüências muito elevadas. Quando essa força se aproxima da Terra e mais precisamente dos homens, ela se torna um pouco mais densa a fim de encontrar maior compatibilidade com nossas frequências. Ela se ajusta na sintonia perfeita para alimentar de vida nossos corpos e mentes. O espírito é quem a recebe diretamente. Ele consegue absorver constantemente esse fluxo. Todo espírito possui uma aura, assim como toda lâmpada acesa oferece uma luminosidade que abrange determinada área.
Essa aura é responsável por alimentar o corpo físico, mental e emocional com vitalidade, formando um verdadeiro campo de força, sempre abastecido por essa energia primordial. Esse fluído da vida dança livremente por nosso campo energético, abastece os chacras e os nadis e, por conseqüência, energiza todas as funções orgânicas do corpo físico. Dessa forma, a vida acontece, organiza e mantém a fisiologia de nossos corpos.
Vamos imaginar que o corpo físico de uma pessoa é um motor e a força vital é o seu combustível. Todo motor necessita do combustível ideal baseado na sua especificação. A exemplo: um motor a álcool não pode usar óleo diesel, porque se assim for, vários problemas surgiram decorrentes da não compatibilidade desse combustível com a mecânica do motor, não é mesmo? O motor a álcool foi projetado para usar álcool, logo esse será sua fonte de energia, de movimento, de trabalho. Essa especificação deve ser respeitada. E quanto a nós seres vivos? Que tipo de combustível nos alimenta, nos dá força e movimento?
É exatamente essa força de vida a qual estamos falando. Uma energia não física, abundante em nossa atmosfera planetária. Contudo, existem vários agentes capazes de modificar demasiadamente seu padrão. Os principais são: nossos pensamentos e sentimentos! Sim, eles têm a capacidade de qualificar ou desqualificar esse fluído, e o mal maior da humanidade é que nossos equívocos conscienciais, nossas emoções densas, desejos primitivos e materialismo têm moldado em nós mesmos um campo de energia que retém a passagem desse fluxo. Em outras palavras, nossas emoções e pensamentos confusos estão barrando a absorção da força de vida, essencial aos nossos corpos.
Por que ficamos doentes?
Porque essencialmente geramos pensamentos e emoções que densificam a nossa aura corpórea, impedindo que a energia vital nos abasteça. E somos nós que causamos a doença, somos sempre os criadores. Somos nós que modificamos o nosso combustível!
E o motivo pelo qual a dor e doença são sinais que avisam uma conduta mental emocional desequilibrada é pelo simples fato de que os sentimentos e emoções densas são os bloqueadores dessa força de vida. Se estamos ficando doentes é porque bloqueamos energia vital, logo estamos pensando e sentindo vibrações densas.
A lição que uma doença traz é sempre a mesma, os recados são sempre iguais: mude os pensamentos, mude as emoções! Da mesma forma que os pensamentos e emoções desqualificados formam energias corpóreas densas que travam a passagem da força de vida através de nossos corpos, os pensamentos e emoções elevados têm a capacidade de limpar e sutilizar essas energias, proporcionando livre trânsito da força de vida através de nós. Daí a importância da oração, da meditação, do equilíbrio emocional, do controle mental. Tudo que pudermos fazer, de forma natural, para encontrar esse equilíbrio, será benéfico curativo e reparador a nossa existência.
Nosso maior desafio nessa vida é esse controle, esse equilíbrio. Mais uma comprovação que a verdadeira evolução espiritual acontece quando aprendemos a equilibrar nossos pensamentos e emoções. Também a constatação que evolução espiritual faz bem a saúde, pois quando nos elevamos, nossos corpos ficam mais saudáveis.
E essa talvez seja uma das explicações mais razoáveis que mostram que a dor e a doença ainda são tão importantes para a evolução humana, porque é o sofrimento que tem levado o homem a refletir sobre seus valores e seus papéis.
No nosso corpo, essa comunicação que ocorre para nosso consciente através da dor é codificado de acordo com o tipo de doença ou sintoma. De forma geral, toda dor ou doença mostra necessidade de mudança. No entanto, a localização, o tipo de doença tem uma linguagem precisa, muitas vezes direta. Hoje em dia, existem inúmeras literaturas que apresentam estudos aprofundados a respeito da linguagem do corpo e sua comunicação direta, que relaciona o tipo de aprendizado ao tipo de doença e localização específica. Por exemplo: se a dor é no dedo médio direito há um ensinamento específico, se é no ouvido esquerdo também há e assim por diante.
Podemos concluir que qualquer atividade ou ação realizada no sentido de mudar o sentimento ou emoção, que a mensagem intrínseca à doença traz, surtirá efeito de cura e bem estar. Essa visão mostra a importância de cultivarmos um estilo de vida voltado para o equilíbrio e a paz interior. Vai além quando demonstra claramente a importância da abordagem holística para tratamento de doenças em geral, e que, principalmente, o corpo é apenas o sinalizador que manifesta que algo vai errado. Logo a cura deve ultrapassar a barreira do físico, chegando ao não-físico.
Os remédios e as cirurgias da medicina ocidental são realmente importantes e salvam vidas, mas não têm a capacidade de tocar na alma, onde reside a cura profunda, completa. Precisamos de uma vez por todas compreender que o ser humano avançará muito no que tange a sua qualidade de vida, quando aprender a unir medicinas, jamais provocar movimentos que criem competição entre elas, porque são igualmente importantes. Acima de tudo, o homem nunca poderá ser negligente com a sua própria existência, acreditando ilusoriamente, que uma dor, doença ou acontecimento negativo em sua vida seja mera obra do acaso. Enquanto necessitarmos da pedagogia da dor e do sofrimento para nosso aprendizado, precisaremos ficar de olhos bem abertos para qualquer tipo de ocorrência em nossas vidas. “Dessa forma, nos tornaremos bons alunos e aumentaremos muito as nossas chances de ter saúde integral, em todos os aspectos, físico, mental, emocional e espiritual".
[Bruno J. Gimenes]

PENSAMENTO DO DIA

"Viver é a coisa mais rara do mundo." A maioria das pessoas apenas existe. [Oscar Wilde]

terça-feira, 27 de abril de 2010

CAMPO MENTAL — PENSAMENTO E SINTONIA


"O pensamento, dizíamos, é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando os nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós, gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura."
[Léon Denis, em O Problema do Ser, do Destino e da Dor.]


Quando pensamos, expressamos sempre as idéias que aceitamos como reais para nós e que habitam nosso campo íntimo. Assim sendo, criamos em torno de nós um campo próprio de vibrações mentais, que vão identificar o teor de nossos pensamentos. Campo mental é onde situamos nossa consciência, dentro da faixa evolutiva onde nos encontramos. É nas horas de aflição que demonstramos onde o situamos e quais as forças e sentimentos que cativam os refolhos mais íntimos de nossa alma.
Vivendo em faixas vibratórias diversas, de acordo com a evolução espiritual que já alcançamos, sintonizaremos nossos desejos e sentimentos de acordo com ela. Os pensamentos que emitimos e os que absorvemos fazem-nos respirar o clima psíquico com o qual nos rodeamos, criando o nosso próprio céu ou inferno particular. Nossa mente é assim como se fosse à cabine de comando de nosso Espírito, e nela refletimos nossos desejos, sentimentos e vontades.  
E, de acordo com a faixa vibratória onde nos situarmos, os pensamentos que emitirmos poderão nos dar força, nos alimentar de otimismo e alegria ou nos deprimir e anular nossa vontade de viver. É através da mente, seja em que plano estivermos que nos renovamos e crescemos para a compreensão maior da vida. Em momentos de grande sofrimento, nossas reações dependerão de onde conseguirmos situar nosso campo mental.
Se nossa consciência está muito presa à matéria e às emoções desregradas, poderemos ficar bastante desesperados se perdermos um ente amado pela morte ou pelo fim de um relacionamento. Geralmente, sofremos mais por causa de nossa atitude mental do que pelo problema em si. Falta-nos a identificação com os propósitos superiores para que possamos sair de nosso campo mental restrito e termos o domínio necessário para enfrentar os sofrimentos e reveses da vida com mais discernimento, calma e resignação. 
Nossa mente está constantemente recebendo e emitindo vibrações, sejam boas ou más. Por meio delas é que nos ligamos a mentes encarnadas e desencarnadas que se situam na mesma faixa onde vibramos e tanto pode nos ajudar como nos prejudicar. Sabedores de que somos propensos ao recebimento de energias, positivas ou negativas, que conosco interagem, precisamos de muito cuidado quando nos ligarmos a uma idéia obsessiva, principalmente, se ela for de teor negativo.  Precisamos sair da faixa vibratória dos pensamentos negativos de rancor, egoísmo e desamor para com o próximo.
Quando expressamos um pensamento em que acreditamos, ele cria força e pode, inclusive, influenciar outras pessoas, se elas estiverem sintonizadas na faixa vibratória em que eles forem emitidos. Podemos também, do mesmo modo, sermos influenciados pelas "idéias" dos outros, e refleti-las através de correntes mentais para todos que estejam na mesma sintonia e vibrem com os mesmos propósitos. Daí a necessidade do "orai e vigiai".
Por projetarmos nossos desejos mais íntimos através do pensamento e nos rodearmos de mentes que conosco interagem, assimilando nossas idéias ou repelindo nosso modo de pensar, precisamos, em nossa atividade mental, de todo o cuidado e discernimento para escolhermos a quais objetivos nos ligaremos e que poderão fazer parte de nosso campo mental. Nossas mais simples atividades diárias poderão ensejar a ligação mental com mentes que transitem e estejam situadas na mesma faixa de vibração.
O teor de nossas conversas, o que lemos, assistimos na televisão, são atividades que podem induzir a ligação com mentes situadas numa determinada faixa de vibração e que poderão nos influenciar positiva ou negativamente. Pensar fixamente ou falar constantemente em algo desagradável pode projetar para outros e atrair para nós as mesmas coisas que criamos e podemos, então, ficar sujeitos a todas as conseqüências que essa influência recíproca pode provocar.
Então, como responsáveis pelos pensamentos que abrigamos em nosso íntimo e por nos ligarmos às mentes que vibram uníssonas com a nossa, precisamos vigiar nosso íntimo para adquirirmos um ambiente psíquico melhor e conseguir romper as barreiras que nos prendem a determinadas faixas vibratórias que impedem o nosso desenvolvimento espiritual. Nosso esforço é importante para construir, com o conteúdo de nossos pensamentos, um campo mental mais propício para o nosso ser.
Quando aceitamos uma idéia má como verdadeira em nosso íntimo, estaremos nos ligando, pelo processo de assimilação de idéias, às mentes que transitam na mesma faixa vibratória e que podem reforçar com tão grande teor de negatividade essa idéia, que as conseqüências podem ser imprevisíveis para todos os  envolvidos. Uma má idéia só persiste em nós pela aceitação que fazemos dela em nosso íntimo e pelas ligações que estabelecemos com mentes sintonizadas na mesma faixa vibratória.
Precisamos exercitar a vontade para ultrapassarmos as circunstâncias negativas, já que a assimilação das idéias más é que nos fazem ficar presos a ela. Para situar nosso campo mental em níveis mais elevados, é fundamental procurarmos o conhecimento, pois só através da percepção real do que nos rodeia e que interfere em nossas ações, é que desenvolveremos o raciocínio e o discernimento, condições indispensáveis para situarmos nossa mente em outras faixas. 
Vamos tentar modificar nosso campo mental, elevando o teor de nossos desejos, pensamentos e ações, para que possamos sair das pesadas faixas de vibração onde transitam mentes encarnadas e desencarnadas presas a pensamentos e ações infelizes que nos atrelam, obrigando-nos a caminhar por um bom tempo presos a idéias e atitudes que impedem nosso crescimento espiritual.
Emmanuel, no livro Caminho, Verdade e Vida, de Francisco Cândido Xavier, nos fala que Jesus apresentava o mais avançado recurso de domínio próprio. Segundo suas palavras "Sua lição de domínio espiritual é profunda e imperecível”. Revela a necessidade de sermos "nós mesmos", nos transes mais escrabosos da vida, de consciência tranquila elevada à Divina Justiça e de coração fiel dirigido pela Divina Vontade. Paz e Luz a todos!
[Guilhermina Batista Cruz]

PENSAMENTO DO DIA

"Quando vires um homem bom tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo." [Confúcio]

segunda-feira, 26 de abril de 2010

FOGO AMIGO

O que fizemos por nós morre conosco, o que fizemos pelos outros é imortal. Uma questão de interpretação.

Quarta-feira 21 de abril de 2010 —
Realmente passo o período mais fértil e produtivo em termos espirituais de minha atual existência. Tenho enfrentado situações em vivências noturnas com uma frequência e consciência nunca imaginadas por mim. Tenho relatado as que consigo ficar mais consciente, mas têm outras em que não controlo minha psique e se perdem na memória noturna. Realmente, enquanto dormimos, continuamos a pensar e agir de forma inconsciente para o corpo. É como estar em outra dimensão. Confesso que hoje estou um pouco cansado, não o corpo, mas como diz o poeta: “são tantas emoções”.
Dessa vez fui levado novamente à beira do lago de águas borbulhantes onde encontrei Isaias, aquele desafeto que me acusou do assassinato de sua filha. Lembram? Quando me dei por conta onde estava pensei: “aí vem merda de novo!”. Dito e feito, em poucos momentos começaram a chegar alguns “maus encarados” todos me olhando com certo respeito, suas roupas pareciam de combate, alguns carregavam escudos, machados, espadas, facas e outros utensílios militares pelo que notei. Foram formando um semicírculo em minha volta, estávamos mais ou menos em quinze presentes. Perguntei: porque estamos aqui? O mais forte e sujo dá um passo à frente e responde: viemos aqui para saber o que deu errado? Por que tu nos abandonaste? Demos a vida por ti e agora o que será de nós? E nossas famílias, nossas posses, como estão? Surgiu um monte de perguntas sem nexo, de todos os lados, me senti intimidado, pressionado, não tinha aquelas respostas. Entrei em alerta, e pensei: Luis, fé! Não perde o controle, tudo vai dar certo, controla a situação. Mais uma luta mental para não voltar ao corpo físico.
Quando tudo parecia perdido — pois comecei perder o controle das minhas emoções, e todos sabem quando perco, ele volta imediatamente para o corpo —, A VOZ atrás de mim diz: “calma senhores, somos todos do mesmo lado, nosso trato era para receber explicações”. Quando escrevo ainda sinto a forte emoção passada pela VOZ, vou chamar assim, pois não sei de quem era. Consegui ficar sereno com essa interferência, e o ambiente também se acalmou sobre o entendimento transmitido. Notei que todos eram leais a princípios militares e acordos de sangue ou palavra. Tudo assassino “gente boa”, a primeira contradição, de muitas dessa vivência.
Quando A VOZ falou, dei-me por conta que estava na frente de companheiros de batalha, pessoas que comandei em lutas do passado, e pelo jeito tínhamos perdido, ou eles haviam morrido e ainda estavam perdidos no astral. Nessa noite eu era a ligação deles com a mudança, tinha chegado à hora. Antes de qualquer coisa tinha que estar concentrado, não importava a história de cada um, o que importava era o entendimento sob o prisma emocional, mas no astral é impossível nos esconder emocionalmente, por isso entender é fundamental, sem ele o descontrole toma conta, e aí é o fim. Todos tinham quase veneração por mim, mas também se sentiam traídos por ter me seguido cegamente, e agora eu era o culpado por todas suas desgraças. Contradição total, amor e ódio no mesmo instante, algo muito peculiar.
Consegui manter o entendimento e assim controlar um pouco a situação, mas o caos continuava, agressão com respeito, revolta com carinho, muita confusão. Até que consegui gritar com toda a força que tinha em meus pulmões: “ÓDIO NÃO É JUSTIÇA, PAIXÃO NÃO É AMOR, ATÉ QUANDO VOCÊS ME COBRARAM?” Silencio se fez. Minha relação com todos realmente é forte, pois todos pararam de reclamar.
Mais uma vez A VOZ interfere e diz: “irmãos, é chegada à hora de deporem suas armas; a luta terminou, essa é a oportunidade de redenção de cada um”. Depois disso, despertei com um sentimento de saudade daqueles “ogros”, revoltados de toda ordem, reclamadores compulsivos, companheiros de batalhas. Com certeza amo todos eles. Obrigado!
Uma constatação estranha da noite: não sei onde começa meu livre-arbítrio. Sou “punido” por quê?  Às vezes acho que estou fazendo o melhor ou a obrigação do momento, e mesmo assim erro? Amo todos os guerreiros que conversaram comigo, o que fiz para tamanha cobrança? Eu os magoei, ou eles se automagoaram? De quem é a culpa dessa merda toda? A maioria das minhas decisões é “inconsciente”, então como criar um parâmetro de certo ou errado? Alguém sabe? Das decisões que acho que são conscientes assumo a responsabilidade, e quem assume das inconscientes? Deus? Aonde começa nosso livre-arbítrio, no consciente ou no inconsciente?
Hoje penso que na maioria das vezes achamos que estamos fazendo o bem para quem amamos e não é bem assim. É muito mais complexo. Nesse caso de FOGO AMIGO com certeza senti toda a cobrança, ódio, repulsa de quem de alguma forma gostava muito de mim, como disse quase me venerava como um Deus. Minha limitação ficou clara, no fim quando gritei foi para dizer que amava todos apesar das criticas e cobranças o resto era besteira. Não sei se fui entendido, e agradeço A VOZ pelo auxilio, senão essa vivência seria muito mais curta, e não teria sido escrita.
Uma vivência interessante onde às cobranças nasceram do lado de meus antigos “aliados”, esse fato expôs minha falta de entendimento e deixou-me confuso frente à vida. Quando li essa frase O QUE FIZEMOS POR NÓS MORRE CONOSCO, O FAZEMOS PELOS OUTROS É IMORTAL, pensei em coisas boas, e como ficam as ruins? E aquelas que achamos que estamos ajudando e a outra pessoa não pensa assim? E quando estamos fazendo nosso melhor, e isso não o bastante? Tudo é UMA QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO? E quem disse que sabemos interpretar? Essas e outras questões me levaram ao limite de meu entendimento sobre minha essência, e o complexo mundo da inconsciência.  Confesso que não tenho nenhuma resposta; preciso ficar quieto no meu canto, e meditar.
A única coisa que posso dizer com certeza é que existe uma emoção que em todas as vivências me confortaram muito, e dessa vez foi avassaladora quando A VOZ se fez presente: O AMOR.
Amo todos vocês!
[LUIS]

PENSAMENTO DO DIA

"Liberdade de voar num horizonte qualquer, liberdade de pousar onde o coração quiser." [Cecília Meireles]

domingo, 25 de abril de 2010

OLHAR JESUS

JESUS, O VERDADEIRO AMIGO


Se eu desistir, e você estiver por aqui,
Por favor, não diga nada, apenas segue comigo.
E onde o obstáculo for maior,
Sua mão será minha guia,
Construindo pontes, onde nada havia.

Se eu chorar, e você estiver por aqui,
Por favor, não tente me consolar, antes, silencia.
Deixe a emoção que não cabe mais em mim,
Falar através das lágrimas, ainda que pareça não ter fim.

Se eu rir assim, do nada, sem motivo aparente,
E você estiver por aqui, não me julgue mal,
Apenas sorria, e acredite: eu sou normal.

Se eu me apaixonar e você estiver aqui,
Deixa eu viver a ilusão da chama da paixão,
Ainda que eu me queime, que doa o coração,
Compreenda; o amor que ainda não amadureceu,
é cego, surdo e mudo diante da razão.

Se eu te magoar, perdoe,
Se te ferir, me repreenda,
Se te abandonar, entenda,
Se não te procurar, compreenda.

Sou um explorador imaturo deste mundo,
E me perco no caldeirão das emoções que crio,
Com meus atos inseguros.
Sou vítima das minhas emoções,
Carente de razão,
E por vezes, enlouquecido, movido apenas pela paixão.

Por isso, meu amigo da eternidade,
Só mesmo você para me entender,
Sem se apegar a minha idade,
Sem cobrar a maturidade.

Ainda que eu não o procure, você sempre me encontra.
Ainda que eu não pergunte, você tem a resposta,
Ainda que eu me revolte, você perdoa,
Ainda que eu vire as costas, você me espera…

Nesse caminho escuro, você é a minha luz,
Em tudo lhe dou graças, eterno amigo Jesus.

HARMONIA E AMOR

Se você observar a natureza verá que ela despende o mínimo de esforço em seu funcionamento. A grama não se esforça para crescer, apenas cresce. O peixe não se esforça para nadar, apenas nada. As flores não se esforçam para abrir, apenas desabrocham. Os pássaros não tentam voar, apenas voam... Essa é a natureza intrínseca. A Terra não se esforça para girar sobre seu eixo; é próprio de sua natureza girar sobre seu eixo. É próprio de sua natureza girar a uma velocidade estonteante e rolar pelo espaço. É da natureza dos bebes o estado de graça. É da natureza do Sol brilhar. É da natureza das Estrelas piscarem e reluzirem. E é da natureza Humana materializar seus sonhos... E quando seus atos são movidos pelo amor, não há a perda de tempo, de energia e de esforço. Ao contrário, tudo se multiplica e acumula. Temos nossa grandeza! Libere-se para vislumbrar a verdadeira grandeza do Universo: Sorria! Ame! Sinta-se feliz! Se aceite! Permita-se! "O ser integral conhece sem ir, vê sem olhar e realiza sem fazer."
[Lao Tzu]

PENSAMENTO DO DIA

"A imaginação é mais importante que o conhecimento." [Albert Einstein]

sábado, 24 de abril de 2010

UMA FOTO

A foto foi capturada pelo Hubble, telescópio espacial que modificou às nossas relações com o espaço sideral. A partir das fotos captadas pelo maior "olheiro" espacial já construído pelo homem, os mistérios do universo começaram a desnudar-se.

NOSSO MEDO


Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além de qualquer medida. É a nossa luz, não as nossas trevas, O que mais nos apavora. Nós nos perguntamos: quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso e fabuloso? Na realidade, quem é você para não ser? Você é filho do universo. Você se fazer de pequeno não ajuda o mundo. Não há iluminação em se encolher, para que os outros não se sintam inseguros quando estão perto de você. Nascemos para manifestar a glória do universo que dentro de nós. Não está apenas em um de nós: está em todos nós. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas, permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, liberta os outros.
[Nelson Mandela]

SETE IMAGENS DISTORCIDAS DE DEUS

DEUS
Quando dizemos esta palavra temos alguma ideia na cabeça, uma “imagem” de Deus. Claro que qualquer ideia que tivermos de Deus, por melhor que ela seja, será sempre incompleta (Deus é sempre muito maior que a nossa cabeça). Mas, por vezes, para além de incompleta, a ideia que temos de Deus está distorcida. Aqui vão algumas dessas imagens distorcidas de Deus:

1. O Deus-energia
Algumas pessoas pensam que Deus é uma “energia positiva”, talvez a energia do amor. De fato, Deus dá muita energia a quantos dele se aproximam. Mas a energia não é Deus. A energia é impessoal - e Deus é pessoal. Ou seja: Deus é um Alguém que nos conhece e com quem podemos falar e ter uma relação de amizade. Ninguém fala com a energia elétrica! (a não ser num hospital psiquiátrico!).

2. O Deus-universo
Algumas pessoas pensam que Deus é o conjunto do universo. De fato, o universo reflete um pouco de quem é Deus. Mas Deus não é o universo: Deus é o criador do universo. O universo reflete quem é Deus - tanto quanto uma obra de arte reflete a personalidade do artista que a criou. Uma coisa é o quadro que representa a Mona Lisa e outra é Leonardo Da Vinci, o autor do quadro…

3. O Deus das marionetes
Algumas pessoas pensam que Deus é como um manipulador de marionetes. As marionetes seríamos nós! Ou seja: pensam que o nosso destino está traçado e controlado por Deus. Mas não é assim: Deus dá e respeita a liberdade que deu ao mundo e a cada um de nós. Está sempre conosco, mas não nos controla, nem mesmo quando nós decidimos negá-lo ou não Lhe dar importância.

4. O Deus-polícia
Algumas pessoas pensam que Deus anda atrás de nós como um polícia, para ter a certeza de que é cumprida a lei (a ordem moral, os mandamentos). De fato, Deus anda atrás de nós e persegue-nos - mas não por causa de lei, apenas porque nos ama. Ele anda atrás de nós como um rapaz apaixonado anda atrás da rapariga por quem se apaixonou. Não está interessado em que a lei seja mantida, Deus está interessado em nós porque nos ama. Se nos dá mandamentos é para nos indicar o caminho da nossa verdadeira felicidade. Essa é a única coisa que lhe interessa…

5. O Deus-companhia-de-seguros
Algumas pessoas esperam que a sua fé funcione como um seguro: se tiverem “as contas em dia” com Deus ficarão protegidas dos perigos e problemas que mais temem (a doença, o fim do namoro ou casamento, etc). De facto, uma boa relação com Deus dá-nos força e um sentimento grande de “abrigo” - mas não nos protege das dificuldades da vida. Mais: uma relação séria com Deus desafia-nos, puxa por nós e convida-nos a ir mais longe à maneira de estarmos na vida. Leva-nos até, por vezes, a enfrentar riscos que não teríamos sem Ele (como aconteceu aos primeiros cristãos no circo de Roma).

6. O Deus relojoeiro
Algumas pessoas pensam que - há muito, muito tempo - Deus criou o mundo e depois ficou simplesmente a observar. Como um relojoeiro depois de ter acabado de fabricar um relógio ao qual já deu corda… De facto o mundo tem a sua autonomia mas Deus não Se limita a observar: está sempre presente e activo, encontrando mil e uma maneiras discretas de nos bater à porta para intervir na nossa vida. Ou seja: continua a criar-nos (tal como um pai anda a criar um filho) falando-nos e dando-nos continuamente oportunidades e meios de crescimento.

7. O Deus Principezinho
Algumas pessoas associam Deus ao lado adolescente da vida: às emoções fortes, à poesia, à intimidade, à música, ao “pôr-do-sol”… É um Deus que só está presente nos “momentos mágicos”. De fato, há momentos “mágicos” e poéticos na vida de quem tem fé. Mas também há momentos duros. E Deus continua a estar lá… O mesmo Deus que criou o pôr-do-sol também deu a Sua vida por nós numa cruz. Deus revela-se na poesia, mas também está presente nos momentos duros, inspirando-nos fidelidade e capacidade de superação de nós mesmos.
… é assim o Deus que Jesus revelou e tratava por “Pai”.
[PE Nuno Tovar de Lemos, sj]

PENSAMENTO DO DIA

"Viver é desenhar sem borracha." [Millor Fernandes]

sexta-feira, 23 de abril de 2010

LUA DE SÃO JORGE


"Lua de São Jorge
Lua deslumbrante
Azul verdejante
Cauda de pavão
Lua de São Jorge
Cheia branca inteira
Oh minha bandeira
Solta na amplidão
Lua de São Jorge
Lua brasileira
Lua do meu coração
Lua de São Jorge
Lua maravilha
Mãe, irmã e filha
De todo esplendor
Lua de São Jorge
Brilha nos altares
Brilha nos lugares
Onde estou e vou
Lua de São Jorge
Brilha sobre os mares
Brilha sobre o meu amor
Lua de São Jorge
Lua soberana
Nobre porcelana
Sobre a seda azul
Lua de São Jorge
Lua da alegria
Não se vê o dia
Claro como tu
Lua de São Jorge
Serás minha guia
No Brasil de norte a sul"
[Caetano Veloso — Letra e Música]
Reblog this post [with Zemanta]