[Por Silvia Trevisani]
Nesses olhos verdes
emoldurando meu rosto,
às vezes viajo,
às vezes descanso...
no limite do meu esforço.
Nos anos que se foram,
a infância não me alcança,
corro e brinco com o futuro
onde ainda sou criança.
Nas pausas do pensamento,
preso em mim,
ou ao relento,
entrego o que me resta,
cada coisa em seu momento.
Nada alcança meus sonhos,
que voam desenfreados.
Pousam somente aqui
neste Recanto dourado.
As letras falam
e vejo as nuvens no chão
as palavras tomam forma
e pego o céu com a mão.
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