sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AMANDO O CAÍDO

Todos os que estão errando, criando um clima terrível em torno de nós, na verdade, mesmo que não o saibam, estão implorando amor. Isto nos parece, à primeira vista, um total absurdo, mas não é, podem acreditar. Somos Amor e por ele fomos criados. Esta é nossa essência, indiscutivelmente. Quando nos afastamos dela, caímos, sofremos, nos violentamos e aos outros. Esquecendo de nós mesmos, passamos a viver na ilusão de que bens materiais nos podem fazer felizes. E, usando da liberdade de escolha que nos é inerente, trilhamos caminhos que podem nos manter enganados por muito, muito tempo...
Mas, certamente, tirando alguns fugazes momentos de aparente felicidade, estaremos sofrendo. Pois só encontrando e vivendo o Amor, podemos nos preencher, apaziguando a ânsia que nos leva a bater em portas enganosas, que nos faz acreditar em propagandas mentirosas, que nos faz viver um roteiro pobre e insatisfatório, que no fim nos premia com um vazio ainda maior!
Viver é amar e não amar é estar morto, verdadeiramente, mesmo ainda no corpo de carne. Tão simples assim, tão fácil e complicamos tudo, criando pra nós exigências pesadas, buscando honrarias e condecorações que muitas vezes apenas nos tornam a vida ainda mais pesada, invejada, difícil.
O Amor perdoa, se doa, é paciente, é compassivo. E quanto mais dermos amor, mais teremos pra dar e mais receberemos. Nem precisa vir de fora esta recompensa, pois mesmo que ninguém reconheça qualquer bem que façamos, nossa alma comemora cada uma dessas conquistas, com uma festa completa em nossa consciência! Não há prêmio maior.
Aqueles que mais nos agridem, são os que menos amor receberam, os que mais perdidos estão de Si mesmos, vivendo num deserto interior de dar dó. Observemos como são. Que tipo de vida levam, como foram recebidos aqui neste planeta, que tipo de ambiente os acolheu, qual a orientação que tiveram e... tentemos perdoá-los.
Se não podemos amá-los, o perdão já nos abre o coração e vamos orar por eles. Com sinceridade, no silêncio de nossa alma, para que se reconheçam, para que tenham a coragem - ação do coração - de perceberem como estão equivocados agindo da forma que estão.
A nossa força é muito grande, quando enviamos pensamentos sinceros para alguém. Ele não precisa saber que estamos nesta sintonia, nesta vibração. Mas de alguma forma vão receber o que estamos lhe enviando e ajudaremos um irmão a se reconhecer, talvez a iniciar uma caminhada diferente.
Quando acusamos aquele que está caído, como geralmente o fazemos, reforçamos os seus erros, o envolvemos em sombras, enfraquecemos a sua capacidade de se arrepender, levantar-se e tentar um novo caminho.
Como somos seres de luz, já sintonizados no Bem, podemos ajudar aos que estão se endividando mais e mais, num momento difícil em que nosso planeta também luta para resistir aos desmandos cometidos por todos nós, como humanidade, durante tanto tempo.
Vivemos tempos de muita treva, mas também de muita luz! Podemos escolher de que lado atuar. Ouçamos os nossos corações e, certamente, eles vão nos pedir para amar, principalmente aqueles que menos nos parecem merecedores - aqueles que agridem, machucam - mas que são os maiores sofredores em todo este contexto.
Amar sem perdoar é dar apenas para receber e o verdadeiro amor se doa sem nada pedir em troca, como o faz toda a Natureza, cada pequena flor.
[Maria Cristina]

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