segunda-feira, 31 de maio de 2010

ARNALDO JABOR

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
— Ah,terminei o namoro…
— Nossa, estavam juntos há tanto tempo…
— Cinco anos… que pena… acabou…
— É… não deu certo…
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona…
Acho que o beijo é importante… e se o beijo bate… se joga… se não bate… mais um Martini, por favor… e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não brigue, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar… ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?
O legal é alguém que está com você, só por você.
E vice-versa.
Não fique com alguém por pena.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração…
Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse…
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias..
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar… Ou se apaixonar… Ou se culpar….
Enfim…. quem disse que ser adulto é fácil?
[Enviado por Viviane Pappis]

AINDA HÁ TEMPO

Estamos atravessando um período de mudanças. O mundo está mudando rapidamente e as catástrofes naturais se sucedem cada vez mais intensas e destruidoras. A humanidade se agita e se estressa com tanta inconstância, com tanta instabilidade. O que pensar? O que fazer?
Tenho recebido muitos emails de pessoas me perguntando minha opinião sobre os 'anúncios de fim de mundo' que circulam na internet. Eu mesma já comentei o fator '2012' em meu site. Nas Previsões Anuais para 2010 procurei analisar alguns aspectos celestes inquietantes e do mesmo jeito estou fazendo alertas no horóscopo semanal.
A meu ver, e astrologicamente falando, os aspectos astrológicos que ocorrem neste ano de 2010 são bem mais importantes e tensos do que aqueles que ocorrerão em 2012. É bem possível, portanto que os fatos descritos no calendário maia sejam antecipados pelo nosso calendário gregoriano. De qualquer maneira, o que são dois anos em visão de previsões feitas há mais de dois mil anos?
Devo também lembrar que a astrologia, apesar de ser também uma arte de previsões, nos oferece somente os indícios em seus aspectos celestes e estes precisam ser interpretados por nós, astrólogos. Portanto, nossa interpretação é sempre subjetiva, fruto da experiência de cada um.
Recentemente, recebi também um email que me indicava um vídeo onde o Presidente da Islândia alertava sobre a possível erupção de outro vulcão, vizinho ao Eyjafjallajökull, chamado Katla. A última erupção de Katla ocorreu em 1918. O vulcão Katla situa-se à leste do vulcão Eyjafjallajökull, cuja erupção provocou (e continua provocando) transtornos em toda a Europa por causa da nuvem de cinzas que ele expele continuamente com fúria e que desestabilizou o tráfego aéreo de várias cidades européias. Segundo o Presidente Ólafur Grímsson, a probabilidade do vulcão Katla entrar também em atividade é de 75% no prazo de 6 meses a 1 ano. Essa erupção levaria ao degelo quase instantâneo do glaciar existente por cima do Katla o que provocaria a formação de uma onda gigante de 30 metros de altura no mar, ou seja, um tsunami. Seria essa a catástrofe anunciada na famosa 'cruz astrológica' que está se delineando no céu a partir do final de junho? É bem possível.
O presidente da Islândia afirma que esta erupção teria um 'potencial devastador'! Os 'titãs' como são chamados os planetas transpessoais como Plutão e Urano estão se enfrentando. Seria coincidência que um filme sobre a 'fúria dos titãs' esteja em nossos cinemas na atualidade? A ficção e a realidade andariam juntas? Eu sempre acreditei que quando se fazem filmes sobre catástrofes criam-se as possibilidades para a materialização daquilo que é filmado. Ou seja, o imaginário coletivo estaria simplesmente captando aquilo que já estaria em vias de materialização no nosso planeta. Por essa razão, eu evito assistir filmes muito violentos, filmes de catástrofes ou filmes onde as agressões e maldades são demasiadamente explícitas, pois, a meu ver, minha mente, ao captar essas imagens poderia servir de 'condutor' para a materialização de tais imagens. Imaginem, então, milhões de 'condutores' o que podem fazer no campo da materialização!
Acontecerão dois eclipses que podem servir de gatilho aos acontecimentos previstos para 2010. O primeiro acontecerá em 26 de junho, será lunar e parcial e será visível no hemisfério sul. Esta lunação será particularmente importante, pois a Lua se encontrará alinhada com Plutão no inicio de Capricórnio em conjunção com o Nodo Norte e o Sol estará em conjunção com Mercúrio em Câncer em conjunção com o Nodo Sul. Esse fato pode indicar a morte de um Chefe de Estado, um Rei, um Presidente ou de uma pessoa de grande destaque mundial. Essa lunação marca também o início de uma grande crise mundial, já relatada nas minhas Previsões para o Brasil em 2010, pois se formará uma Grande Cruz no céu, envolvendo também os planetas Júpiter e Urano, em Áries, e Saturno, em Libra. Pode ser o início de um grave conflito causado por um atentado de grandes proporções.
O segundo eclipse, este Solar e total, acontece em 11 de julho e também será visível no hemisfério sul. Ele ocorre em conjunção com o Nodo Sul no Signo de Câncer. O eclipse solar é também marcante indicando uma possibilidade de conflito entre países, com enfrentamentos e até possibilidade de guerras e atentados. Não posso deixar de observar que a Argentina é um país canceriano: ela poderá entrar em conflito com seus vizinhos ou, quem sabe, com a Inglaterra? Catástrofes naturais também poderão afetar particularmente nosso hemisfério. Os efeitos dos eclipses costumam durar seis meses, até o próximo eclipse.
Então, -dirão vocês- devemos ter medo? Eu creio que, como não podemos evitar todos os acontecimentos anunciados, podemos pelo menos nos unir energeticamente para amenizar seus efeitos. Eu creio sinceramente que ainda há tempo!
Há tempo de unirmos nossos esforços não só fisicamente, com ações e palavras, com gestos e atitudes, mas também com a energia gerada por nossos pensamentos positivos e com as vibrações de nossos corações. Esta energia é a mais poderosa já que Deus é Mente e nós somos Mente, como já foi amplamente explicado nos artigos das Leis Herméticas! Com nossa mente criamos nossa realidade, a realidade que desejamos para nós e para nossos filhos.
Na internet circula atualmente um email que convida as pessoas a entrarem em meditação por volta das 23h00 todos os dias. Com alguns minutos de meditação poderemos projetar no cosmo imagens e vibrações positivas, de paz, de harmonia, de Amor universal. Vamos nos unir nessa vibração de amor enquanto é tempo?
Nós todos estamos procurando formar essa corrente que tenho certeza formará uma verdadeira Arca de Noé capaz de levar a todos a um porto seguro!
Acreditem, é possível! Ainda há tempo! As mudanças em curso serão benéficas no longo prazo somente para aqueles que saberão se adaptar, criando novas possibilidades e libertando-se de antigos padrões de comportamento que aniquilam sua evolução espiritual. Lembre-se que o intuito da Criação é a evolução espiritual e não a destruição. Pelo menos essa é minha opinião pessoal e eu acredito numa Mente Superior.
E você o que está fazendo para se preparar para acompanhar essa evolução? Lembre-se que cada um de nós terá que fazer a sua parte já que esses aspectos astrológicos afetarão alguma área de sua vida. Cada um de nós acabará afetado pelos efeitos dessa 'grande cruz cósmica' que está se preparando no céu de uma maneira ou de outra. Não dá para ficar indiferente. Não dá para ficar 'de fora'!
Escrevam e enviem suas opiniões. Descrevam o que estão fazendo individualmente, ficarei feliz em compartilhar suas experiências pessoais. Lembrando sempre que somente o autoconhecimento os libertará do medo e lhes oferecerá a possibilidade de agir com mais livre arbítrio.
[Graziella Marraccini]

PENSAMENTO DO DIA

"Não morre quem deixou de viver, mas quem deixou de amar." [Charlie Chaplin]

domingo, 30 de maio de 2010

ESTOU SÓ... E AGORA?

Temos muito o que falar sobre solidão. Lembro que já escrevi sobre solidão acompanhada quando nos sentimos sozinhos mesmo estando fisicamente cercados de outras pessoas. Falei recentemente no meu blog sobre vitimismo de algumas pessoas frente à solidão, quando se sentem coitadas por não ter alguém, rejeitadas em seus sonhos. E tudo isso com certeza é muito prejudicial e abala a auto-estima.
Se sentir muito triste por conta da solidão gera muitas situações complicadas. Às vezes, as pessoas nessa sintonia acabam aceitando qualquer coisa num relacionamento para ficar com alguém e com isso terminam por sentir raiva, mágoa e muita carência quando se sentem rejeitados. É comum também depois de se doarem numa relação afetiva mal sucedida, as pessoas se sentirem traídas. Afinal, fizeram tudo para dar certo, passaram por cima de seus valores para se adaptar ao outro e o outro não reconhece, não retribui...
Porém, não podemos esquecer que ninguém é obrigado a nos amar. No entanto, quando desejamos alguém loucamente pode ser que nem nos lembremos disso. Conheço pessoas que não tiveram muitos poderes em forçar a natureza, mas se depararam com frutos complicados dessa atitude, pois ninguém deseja ter uma pessoa triste, mal humorada, cheia de críticas e contrariedade a seu lado. Queremos alguém aberto, que nos acolha e que de alguma forma possamos também ajudar.
Para você, leitor, não dizer que só conto história de amor envolvendo a visão feminina desta vez o protagonista é um homem.
Orlando, um homem de boa aparência, já na meia-idade, olhos profundos e semblante sereno, veio me procurar para entender o que fez em Vidas Passadas e o que estava dentro dele fazendo se repetir um padrão negativo de sua vida. Duas relações e duas traições. Um casamento e um namoro longo.
A sessão de Vidas passadas trouxe o seu sentimento de derrota, mas, em seguida, o cenário se abriu e mostrou uma pessoa ambiciosa que pensava que o fim justificava os meios e as ações. Ele foi um conquistador que deixou a família, para ir em busca de esmeraldas no Brasil-Colônia. Quando infortúnios o seguraram na aldeia, acabou se envolvendo com a filha do governador do local e terminou se casando com a moça largando tudo para trás.
Sua consciência, no entanto, ficou presa na culpa por ter largado mulher e filhos. Nesta vida, ele era um bom homem, honesto, trabalhador. Cuidou dos filhos depois da separação, deu assistência à mulher e sempre tentou se abrir para a vida. No entanto, não podia deixar de se sentir traído pelo destino que lhe trouxe sempre relacionamentos com pessoas interesseiras. E, de fato, nesta vida, a colheita de ações do passado trouxe essa triste energia.
Trabalhamos juntos a mudança de sua vibração; afinal, de nada adiantaria ele continuar se sentindo derrotado, dizendo que as mulheres só queriam o seu dinheiro. Era hora de encarar a solidão como uma purificação, como um tempo em sua vida para se enxergar. Até, então, nas duas histórias, as suas ex-companheiras não eram atrizes perfeitas. Com certeza, ambas em algum momento tinham deixado escapar nuances de sua verdadeira natureza, mas quando alguém não quer ver o óbvio, de nada adianta a família ou amigos alertarem.
Ele parecia ser um homem bom, companheiro, uma pessoa com um jeito simples, direto e bem-humorado. Como sofreu bastante com tudo o que enfrentou, o que lhe faltava agora era a consciência de que tinha que ter coragem de encarar a solidão e dar um tempo, sem tentar logo preencher a ausência de alguém colocando uma outra pessoa em seu caminho.
Nestes momentos que é fundamental ter vida espiritual, pois sempre precisamos de apoio numa crença e em objetivos mais profundos. Assim, deixamos de nos ver como coitados e passamos a nos enxergar como pessoas corajosas aprendendo com a vida.
[Maria Silvia Orlovas]

PENSAMENTO DO DIA

"O carisma é a expressão da alma. Quando a alma fala, sua essência espiritual e divina se manifesta, e a pessoa brilha, conquista, aparece. É nela que reside sua força e poder. Negá-la é preferir a obscuridade." [Zíbia Gasparetto]

sábado, 29 de maio de 2010

CONHECER-SE

A única coisa impossível na vida é fugirmos de nós mesmos. Somos a nossa verdadeira, real e permanente companhia. Entretanto, vivemos mais focados na realidade do mundo exterior do que em nossa própria interioridade.
É incrível como a maioria dos seres humanos é um completo desconhecido para si próprio; vive de acordo com as regras e crenças que lhe foram impostas e, dificilmente, pára para refletir se aquilo que pensam ou sentem faz, de fato, sentido para elas.
A vida inconsciente constitui, de certo modo, um refúgio seguro para muitos, pois, ainda que a angústia e o sofrimento estejam presentes, sentem-se confortáveis em seu mundo já conhecido.
Mergulhar fundo na tarefa de conhecer a si mesmo é um processo doloroso, que poucos estão dispostos a encarar. Somente quando a insatisfação atinge níveis insuportáveis é que somos impelidos a sair de nossa zona de conforto e ir em busca de nossa verdade.
Ainda que a jornada seja cheia de sustos e retrocessos, sempre valerá a pena empreendê-la, pois os ganhos certamente superarão toda a luta. No final, descobrimos surpresos que aquilo pelo qual ansiávamos já estava ali, bem ao nosso alcance. Entretanto, gastamos um tempo precioso nos escondendo de nossa própria interioridade.
Adentrar nossos porões e encarar as sombras que ali habitam, por mais medo que nos cause, é o único meio de podermos, finalmente, deixar florescer a luz, e viver de modo pleno a verdadeira realidade de nosso ser.

Parando de se esconder de si mesmo
O homem nasce sozinho e morre sozinho, mas, entre esses dois pontos, ele vive em sociedade, ele vive com os outros.
Solidão é sua realidade básica; a sociedade é simplesmente acidental. E a menos que o homem possa viver sozinho, possa conhecer sua solidão em sua total profundidade, ele não pode se familiarizar consigo mesmo. Tudo o que acontece em sociedade é apenas externo: não é você, é apenas suas relações com os outros. Você permanece desconhecido. Pelo lado de fora, você não pode ser revelado.
Mas nós vivemos com os outros. Por causa disso, o autoconhecimento fica completamente esquecido. Você sabe alguma coisa de você, mas indiretamente - é algo dito a você pelos outros. É estranho, absurdo, que os outros devam lhe dizer sobre você. Seja qual for a identidade que você carregue, ela é dada a você pelos outros; ela não é real, é uma rotulação.
...Esta é a ansiedade básica. Você existe, mas você é um desconhecido para si mesmo. Esta falta de conhecimento da pessoa sobre ela mesma é a ignorância, e esta ignorância não pode ser destruída por nenhum conhecimento que os outros possam lhe dar.
...A menos que você chegue até si mesmo diretamente, você permanecerá na ignorância. E a ignorância cria ansiedade. Você não tem somente medo dos outros, você tem medo de si mesmo - porque você não sabe quem você é e o que está escondido dentro de você. O que será possível, o que irromperá de você no momento seguinte, você não sabe.
Você permanece apreensivo e a vida se torna uma ansiedade. Há muitos problemas que criam ansiedade, mas esses problemas são secundários. Se você penetrar profundamente, então, cada problema no final revelará que a ansiedade básica, a angústia básica, é que você é ignorante de si mesmo - da fonte de onde você vem, do fim para o qual você está se movendo, do ser que você é exatamente agora.
Daí, toda religião dizer para se entrar em solitude, na solidão, de modo que você possa por um tempo deixar a sociedade e tudo o que a sociedade lhe deu, e se encarar diretamente.
...a supressão é a enfermidade. É uma carga, uma carga pesada. Você gostaria de confessar a alguém; você gostaria de dizer, expressar; você queria que alguém aceitasse você totalmente. É isso o que significa amor - você não será rejeitado. O que quer que você seja - bom, mau, santo, pecador - alguém aceitará sua totalidade, não rejeitará nenhuma parte sua.
Eis por que o amor é a maior força curativa, ele é a mais antiga psicanálise. Sempre que você ama uma pessoa, você está aberto a ela, e só por estar aberto, suas partes cortadas, divididas são religadas - você se torna um.
...Como descobrir o essencial? Buda saiu em silêncio durante seis anos. Jesus também foi para o ermo. Seus seguidores, os apóstolos, queriam ir com ele. Eles o seguiram e a certo momento, num certo ponto, ele disse: "Parem. Vocês não devem vir comigo. Agora, eu devo ficar sozinho com meu Deus". Ele entrou no deserto. Quando ele saiu de volta, ele era um homem totalmente diferente: ele tinha se defrontado consigo mesmo.
A solidão torna-se o espelho. A sociedade é o engano. Eis por que você tem medo de ficar sozinho - porque você terá de se conhecer na sua nudez, na sua ausência de ornatos. Você tem medo.
Ficar sozinho é difícil. Sempre que você está sozinho, você imediatamente começa a fazer alguma coisa, de modo a não ficar sozinho. Você pode começar a ler o jornal, ou talvez você ligue a TV, ou você pode ir a um clube para se encontrar com alguns amigos, ou talvez visitar alguém da família - mas você tem de fazer algo. Por quê? Porque no momento em que você está sozinho sua identidade se derrete, e tudo que você sabe sobre si mesmo fica falso e tudo o que é real começa a vir à tona.
Todas as religiões dizem que o homem tem de entrar em retiro para conhecer a si mesmo. A pessoa não precisa ficar lá para sempre, isso é inútil; mas a pessoa tem de ficar em solitude por um tempo, por um período. E a extensão do período dependerá de cada indivíduo.
Maomé ficou em solitude durante alguns meses; Jesus por somente alguns dias; Mahavir durante doze anos e Buda durante seis anos. Depende. Mas, a menos que você chegue ao ponto onde você possa dizer 'agora conheci o essencial', é imperativo ficar sozinho.
(Osho, The Book of The Secrets)
[Elisabeth Cavalcante]

PENSAMENTO DO DIA

"Não podemos fazer grandes coisas na Terra. Tudo que podemos fazer são pequenas coisas com muito amor." [Madre Tereza]

sexta-feira, 28 de maio de 2010

ARMADILHAS DA MENTE

Para que possamos nos libertar de muitas das angústias e ansiedades das quais somos vítimas, é essencial que tomemos consciência dos processos que envolvem a mente.
Sempre que algum desejo muito intenso é frustrado, ela imediatamente nos leva a sentir aquele acontecimento como uma verdadeira tragédia. A intensidade do desejo é sempre determinada pelo grau de sentimentos e emoções que ele envolve.
De modo geral, os desejos ligados à nossa afetividade, - aquela dimensão da vida na qual costumamos depositar todas as nossas esperanças de realização -, são os que mais fortemente nos levam a um estado de depressão e infelicidade.
Sempre que nos encontrarmos nesta situação, precisamos ser capazes de refletir, com toda a isenção possível, porque colocamos sobre o outro a responsabilidade de determinar o nosso valor.
Além disso, é imprescindível não permitir que esta questão assuma uma dimensão dramática, existencial, como se nossa própria sobrevivência estivesse ameaçada por aquele acontecimento.
O ego, aquela porção de nós que vive o tempo todo na dependência de aprovação pelo mundo exterior, tende a nos levar a esta posição de vítimas e a colocar sempre no outro o papel do vilão. Entretanto, precisamos nos lembrar de que ninguém pode, por mais que queira, nos destruir ou estilhaçar nossa segurança, se não lhe dermos este poder.
Aprender a manter-se alerta e consciente, das próprias virtudes e qualidades, é o melhor meio de nos defendermos das armadilhas em que a mente sempre insistirá em nos enredar. Uma auto-estima sólida é a chave para que nos blindemos contra qualquer forma de rejeição ou frustração de nossas expectativas.
"Por que levar tudo tão a sério?
Olhe para o espaço, olhe para trás, olhe para frente, olhe para todas as dimensões do que você é, do que sua vida é. Ela parece um sonho comprido e todas as coisas que você leva tão a sério neste momento se tornam inúteis no próximo momento. Você pode nem mesmo se lembrar daquilo.
Lembre de seu primeiro amor, quão sério ele era. A vida dependia dele. Agora você, absolutamente, não se lembra; ele está esquecido. E do que quer você esteja pensando que sua vida depende hoje, será esquecido. A vida é um fluxo, nada permanece. Ela é como um filme passando, tudo se transforma em outra coisa. Mas, no momento, você sente a coisa muito seriamente e fica perturbado".
Osho, The Book of the Secrets.
[Elisabeth Cavalcante]

PENSAMENTO DO DIA

"A relação saudável visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades." [Flávio Gikovate]

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A VIDA É UM JOGO DE QUEBRA-CABEÇA

Entender a vida em sua plenitude é algo bastante complexo, pois a enxergamos através da fresta de uma fechadura. No entanto, as pessoas racionais, cartesianas, querem entendê-la de uma forma lógica, racional como se ela fosse uma ciência exata.
Reconheço que eu era uma dessas pessoas, pois como psicólogo de formação, fui treinado na Universidade a buscar respostas lógicas para a causa dos problemas que afligem o ser humano, ajudando-o em seu processo de autoconhecimento e mudança interna.
Os anos de estudos acadêmicos me tornaram um ser humano mais sofisticado intelectualmente, porém, "emburreci" espiritualmente, pois assuntos ligados à espiritualidade, como reencarnação, vidas passadas, carma, evolução espiritual, plano espiritual de luz (astral superior) e das trevas (astral inferior), obsessão espiritual, mediunidade, comunicação com os espíritos, etc., não faziam parte da grade de ensino do curso de psicologia (aliás, ainda hoje).
Os professores justificavam que eram assuntos considerados de âmbito religioso, portanto, não científico, sem comprovação científica, pertinentes à religião.
Assim, me tornei um psicólogo "científico", "racional", "lógico", me sentia auto-suficiente. Após ter me especializado em psicanálise e análise transacional, desqualificava as crenças religiosas de meus pacientes, adotando uma postura de "apóstolo da ciência" que combatia as superstições, as fraquezas e a ignorância do ser humano.
Mas a vida me curvou, pois suas vicissitudes me levaram a entrar numa profunda crise existencial, obrigando-me a descer do pedestal e rever os meus pensamentos, crenças, valores e preconceitos.
Sabemos que a evolução humana se dá por dois caminhos: a dor ou amor e, como a maioria dos seres humanos, escolhi o caminho da dor.
Na condição de ser espiritual em evolução, como aprendiz no processo evolutivo, hoje me considero "professor" e "aluno" em relação aos meus pacientes, pois na TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral, estou sempre aprendendo com eles e, principalmente, com os seus mentores espirituais, que são seres de profundo amor e sabedoria, responsáveis pela nossa evolução espiritual.
Desta forma, nesta terapia, me considero um "coxo" (manco) tentando ajudar um "cego" (paciente) a atravessar a rua. Apesar de minhas imperfeições, maus hábitos, resgates cármicos que trago de outras existências, isso não me invalida como terapeuta de ser um facilitador da abertura de comunicação entre meu paciente e o seu mentor espiritual, para que ele possa receber suas sábias orientações acerca da causa de seus problemas e sua resolução.
Após ter conduzido mais de 8000 sessões de regressão, e de ter presenciado inúmeros benefícios que meus pacientes conseguiram na TRE, considero-me um privilegiado, um abençoado, por estar aprendendo sempre com as lições de vida, amor e sabedoria que esses seres benfeitores passam a eles.
Com as experiências de regressão vivenciadas pelos meus pacientes, aprendi também que a vida é realmente um jogo de quebra-cabeça, por conta do "véu do esquecimento" - barreira da memória que se manifesta em forma de amnésia, que nos impede de acessarmos as memórias de nossas existências passadas-, e que nos tornam ignorantes, inconscientes acerca de nós mesmos e da vida.
Por isso, o grande psicanalista C. G. Jung, discípulo de Freud, dizia: "O consciente é uma pequena ilha localizada no mar imenso do inconsciente".
Eu me recordo que quando cursava o ensino médio, na prova de filosofia, a professora pediu para que os alunos explicassem o que cada um entendia da máxima "Conheça-te a ti mesmo", em que Sócrates (filósofo grego do séc. V a.C.) recomendava aos seus discípulos.
Resultado: tirei um zero bem redondo, pois me deu um branco, não conseguia escrever absolutamente nada nessa prova. Hoje, aos 54 anos, ainda fico em dúvida se me conheço verdadeiramente.
Perguntaram a Tales de Mileto (filósofo e matemático grego, que também viveu no séc. V a.C.) qual era a tarefa mais difícil do ser humano?
"Conhecer a si mesmo", assim respondeu o filósofo.
De onde vim? Qual é o meu verdadeiro propósito de vida? Para onde irei após minha morte física?
São perguntas que a grande parcela das pessoas não sabe responder, por conta do véu que as tornam amnésicas, inconscientes acerca de seu passado e de suas vidas. Mas, seguramente, os mentores espirituais sabem.

Caso Clínico:
Por que sinto angústia, um vazio, que a vida não tem sentido?
Mulher de 50 anos, casada, dois filhos.

Paciente veio ao meu consultório se queixando que sentia uma angústia, aperto no peito (desde os 12 anos), um vazio, sensação de que a vida não tinha sentido. Por isso, tinha que fazer um grande esforço para viver.
Sofria de claustrofobia (pavor de lugares fechados), síndrome de pânico (quando ficava longe de sua família), agorafobia (pavor de andar na rua, por conta do medo de sofrer uma crise de pânico e não ser socorrida).
Sofria também de dores constantes nas costas, labirintite, não se sentia uma boa mãe, apesar de sua preocupação excessiva de perder o filho mais velho e, por último, queria saber qual era o seu verdadeiro caminho profissional.
Ao regredir, a paciente me relatou:
"Vejo um senhor idoso, barba e cabelos grisalhos, usa uma túnica branca... Ele fala que o seu nome é Horácio, e que é o meu mentor espiritual.
Vejo também ao seu lado, aqui no consultório, vultos escuros... um deles parece ser um rapaz e me chama de mãe (paciente fala chorando).
Ele me diz: 'Foi muito triste a gente perder a senhora, mãe. A senhora se foi... e não voltou mais'. (pausa)".
— Pergunte a esse ser espiritual o que aconteceu para você não voltar mais - peço à paciente.
"A senhora, nessa vida passada, trabalhava como doméstica em uma casa grande e rica, e só voltava para nosso lar a cada vinte dias. Não tínhamos o pai porque ele veio a morrer de pneumonia.
Então, a senhora teve que trabalhar para nos sustentar, pois éramos cinco filhos, todos pequenos, e eu era o mais velho, tinha 9 anos.
Tenho muita saudade da senhora, pois fomos parar num orfanato e depois separados. A senhora não voltou mais para casa, ficamos esperando, esperando... e ficamos sem comida. A senhora dizia para não sairmos, pois tinha medo de acontecer algo de ruim com a gente.
Fazia muito frio, acabei saindo na rua e falei com uma senhora que nos ajudou, dando comida, mas ela chamou a polícia. Fomos para um orfanato, fora da cidade.
Nunca mais vimos a senhora, só a encontramos agora nessa vida atual. Ficamos sabendo, após o nosso desencarne, que a senhora tinha adoecido e que o seu patrão a internou no hospital porque tinha contraído pneumonia. A senhora não morreu porque era muito forte e quando voltou para casa, não nos encontrou, ficou desesperada. Não tínhamos recursos, pois éramos pobres, tudo era muito difícil nessa vida. (pausa).
O meu mentor espiritual está me dizendo que, por conta dessa existência passada, vim na vida atual sem alegria, angustiada, triste, com um vazio interior porque nunca mais vi os meus filhos (paciente fala chorando)". (pausa).
— Pergunte ao seu filho mais velho dessa vida passada se ele gostaria de lhe dizer mais alguma coisa - peço à paciente.
"Ele diz que queria que eu lembrasse dessa história, pois eles não querem me ver mais triste. Eles sabem que eu não voltei para casa de propósito, mas que foi uma fatalidade do destino. Querem que eu sorria, que fique alegre, para que eles possam ir para a luz. Ele pedem para eu voltar a sorrir, pois não querem mais me ver triste (paciente fala, chorando muito).
O meu mentor espiritual me revela que eu sempre fui uma mãe dedicada nessa existência passada e também na atual, e que essa idéia que não sou uma boa mãe vem dessa vida em que senti muito culpada pelo desaparecimento desses filhos; isso explica também porque na vida atual tenho tanto pavor de perder o meu filho mais velho, pois transferi o sentimento de perda desse filho mais velho da vida passada, pois era muito apegado a ele.
Horácio, o meu mentor espiritual, revela ainda que os meus filhos dessa vida pretérita virão como meus netos, e que irei reconhecê-los.
A minha claustrofobia, a dor nas costas, crises de labirintite e de pânico, ele diz que vêm de uma outra vida em que fiquei presa como escrava, onde fui acorrentada. Revela que essa vida foi após aquela em que perdi os meus filhos e que acabei ficando louca, vindo a falecer.
Horácio fala que é por isso que quando vêm as crises de pânico e agorafobia tenho medo de enlouquecer e vir a morrer sozinha, desamparada, pois foi dessa forma que morri naquela vida.
Fala ainda que ele é o meu falecido marido que morreu de pneumonia, e que me deixou viúva com cinco filhos (paciente fala chorando).
Mas diz que, agora, o meu caminho profissional se abrirá, e que como terapeuta se puder associar o lado espiritual com a prática do Reiki, será um bom caminho.
Ele finaliza dizendo que, após ter entrado em contato com a verdade de meu passado (o mestre Jesus dizia: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará"), vou me perdoar, pois não tive culpa pela perda de nossos filhos.
Está agora se despedindo, junto com os meus filhos, indo em direção a uma Luz maior".
[Osvaldo Shimoda]

PENSAMENTO DO DIA

"O sucesso não é o final e o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem para seguir em frente." [Anônimo]

quarta-feira, 26 de maio de 2010

PERTO DOS ANJOS, LONGE DOS VAMPIROS

“Dezenas de pessoas fazem parte de nosso dia a dia. O convívio com elas, porém, nem sempre é fácil. Há relações que nos dão prazer e alegria. Outras são um verdadeiro tormento. Mas sempre podemos escolher nossos relacionamentos ou dar um melhor rumo a eles. Depende apenas de nós.”

"Ninguém vive sozinho", quantas vezes você já ouviu isso? Centenas? Milhares? De fato, homem algum é uma ilha, mas é exatamente do convívio humano que nascem as grandes alegrias (e também os maiores sofrimentos). Tudo depende do tipo de pessoa e do relacionamento que se mantém com ela. Há indivíduos vampirescos.
Sugam tanto a nossa energia que depois de um bate-papo com eles mais parecemos um zumbi. Há também pessoas legais, bem resolvidas emocionalmente e positivas, que sempre nos inspiram a melhorar. Enfim, há gente de todo tipo no mundo, como você vai constatar a seguir. Não se esqueça, porém, que no seu mundo só entra quem você quiser. Um lembrete: não seja extremamente rigoroso em sua seleção, porque senão você corre o risco de ficar sozinho.
Pense bem, quando você envelhecer, o que realmente terá valido a pena em sua vida? O fato de ter se aposentado em um cargo e com um salário bem bacanas? Ter guardado muita grana para desfrutar de uma velhice em paz? Ter um carro que custa mais de R$ 300 mil? Ter sido um verdadeiro dom-juan ao longo de sua jornada, seduzindo a todos aqueles que ousaram cruzar o seu caminho? Provavelmente, nada disso terá a menor importância.
Quando você olhar para trás fazendo um balanço da sua vida, pode ter certeza de que todas as suas melhores lembranças apenas se tornaram especiais porque foram vividas ao lado de uma pessoa querida. É isso: são as pessoas que convivem conosco e que fazem parte de nossa intimidade que criam os nossos momentos memoráveis, tornando o nosso dia a dia mais leve. São as pessoas e o tipo de relação que mantemos com elas - e esses são os únicos motivos - que podem tornar a nossa vida plena.
Atualmente, todos vivem superocupados e as cidades são grandes demais para permitir que as pessoas gastem um pouco de seu tempo e de sua energia para investir em novas conexões com outros indivíduos em um nível menos superficial. As pessoas estão tão empenhadas em viver sua vida que acabam totalmente desconectadas das outras, mesmo daquelas que lhes são mais próximas e com quem convivem. Você não é uma exceção. Como todo mundo, também perde a oportunidade de experimentar um relacionamento que toque o seu coração, fazendo você se sentir eternamente grato simplesmente pela presença de uma determinada pessoa em sua vida.
Cada vez que isso ocorre, você acaba ficando mais isolado e deixa de conhecer pessoas que poderiam fazer toda a diferença em sua vida. Ao contrário, quando você desfruta de um relacionamento mais profundo com o outro, sente-se recompensado pelo calor desta experiência. É como se fosse privilegiado por fazer parte de um círculo, de um grupo de pessoas, daquilo que os ingleses definiram como community (um grupo de pessoas afins, que se encorajam, convivem, se ajudam e se respeitam). E, afinal, nada melhor do que ter uma comunidade para apoiá-lo, pois é o que torna a sua vida plena.
A base da criação de uma comunidade, no entanto, é a qualidade das relações estabelecidas entre as pessoas que a integram. Em um relacionamento de qualidade, você se sente apoiado, inspirado e é desafiado a dar o melhor de si. Em geral, em seu processo de crescimento pessoal, você tenta naturalmente se relacionar com pessoas positivas, a fim de construir uma relação mais profunda e que envolva uma troca saudável de sentimentos. Muitas vezes, contudo, ocorre exatamente o contrário: algumas das pessoas ao seu redor são verdadeiros vampiros e sugam toda a sua energia, fazendo você se sentir inadequado, desmotivado e também angustiado.

Dentro dessa perspectiva, como você pode avaliar o seu sistema de relações e corrigir as dificuldades, os deslizes do outro e os seus também? Em um relacionamento, como pode consertar tudo aquilo que torna o convívio a dois cansativo e desgastado, melhorando a qualidade dos seus relacionamentos? Essa análise é complexa e envolve muitos fatores objetivos e subjetivos, que não podem ser avaliados de modo superficial. Como você terá de partir de algum ponto, o primeiro passo é verificar, em seu círculo de relacionamentos, se você criou relações que sugam a sua energia ou que o satisfazem. Então, mãos à obra!
Algumas pessoas não acrescentam nada ao outro. Ao contrário, só o fazem se sentir mal, tornando a convivência um pesado fardo. Confira abaixo os tipos mais comuns:
O acusador — é uma pessoa que constantemente o culpa ou a qualquer outra pessoa pelos seus problemas. Em vez de assumir a responsabilidade pela sua vida, prefere culpar os outros.
O reclamão — se lamenta o tempo todo, reclama muito e vive dizendo que tudo está errado com ele. No entanto, não faz nada para encarar os problemas de frente e modificar a sua vida. Como ouvinte, você percebe que rapidamente suas energias são consumidas. Esse tipo de pessoa obtém energia a partir das reclamações e das frustrações que descarrega em você.

O RECLAMÃO SE LAMENTA O TEMPO TODO, RECLAMA MUITO E VIVE DIZENDO QUE
TUDO ESTÁ ERRADO COM ELE, MAS NÃO FAZ NADA PARA MODIFICAR A SUA VIDA

O sanguessuga — é uma pessoa que sempre precisa de algo, de alguma ajuda, de uma sugestão, de uma informação, de qualquer outra coisa. E, como vive num estado de "eterna necessidade", as conversas sempre giram em torno dele, deixando a sensação quase física de que ele está o sugando.
O crítico — é uma pessoa perigosa e que sempre o deixa temeroso. Com as suas constantes repreensões e críticas, faz você se sentir péssimo e desconfortável, expondo você e suas ideias ao ridículo na frente dos outros. Frequentemente demonstra não ter consciência de limites. Para piorar, tenta convencê-lo de que as críticas que faz são para o seu bem.
O do contra — esse tipo ameniza ou desafia qualquer coisa que se diga. Tem uma necessidade evidente de ter sempre razão e pode encontrar falhas em qualquer posição ou opinião. É muito cansativo manter uma conversa com ele, pois, no final, não haverá um diálogo, mas apenas um monólogo, no qual a sua tarefa se resumirá somente a ouvi-lo.
O fofoqueiro — é aquela pessoa que passa o tempo falando dos outros pelas costas. Extrai energia daqueles que o cercam usando fatos do que acontece na rua, na praça e em qualquer outro lugar para contar (e aumentar) histórias, opiniões e até os mais recentes escândalos. Ao fazer constantemente fofocas, gera uma enorme insegurança na relação de vocês e na que mantém com os outros, independentemente de perceber isso ou não. Depois de tudo, passa a falar de qualquer outra pessoa, até mesmo de você.

O IDEAL É TER RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE COM PESSOAS QUE NOS INCENTIVAM,
QUE CONSTANTEMENTE NOS DESAFIAM A SER MELHOR

Se você deseja viver bem, não deve tolerar nem um tipo desses relacionamentos. Em vez deles, deve se cercar de pessoas que possam melhorar a sua qualidade de vida de um modo positivo, pessoas que lhe tragam alegria e satisfação, recarregando as suas baterias. Veja como elas são:


O proativo — está num processo de desenvolvimento pessoal e tenta melhorar a própria vida.
O elogiador — constantemente elogia e dá valor à pessoa com quem se relaciona, valorizando os seus talentos, a sua família e os seus pontos fortes.
O comunicativo — é uma pessoa que assumiu o compromisso de se comunicar de forma respeitosa e não defensiva. Prefere modos de comunicação que aproximam a pessoa em vez de distanciá-la.
O cuidadoso — presta atenção a tudo aquilo que você diz, sem ser crítico, e é consciente daquilo que você precisa para se sentir seguro.
O honesto — é uma pessoa inteiramente dedicada à integridade e à verdade.
O responsável — assume a plena responsabilidade de sua parte na relação e está sempre disponível para reconhecer e gerenciar a necessidade de crescimento da outra pessoa.

Uma vez que as relações que implicam sentimento necessitam de um investimento de tempo e de energia, o melhor a fazer é escolher sabiamente as pessoas com quem você passará o seu tempo. Opte por aqueles relacionamentos que o ajudem em seus objetivos, sendo verdadeiras fontes de inspiração para você.
Para se relacionar com pessoas desse tipo, avalie, uma a uma, aquelas que fazem parte do seu círculo de amizades. Faça sempre os questionamentos:
"Sou capaz de ser eu mesmo ao lado dessa pessoa?"
"Me sinto aceito?"
"Essa pessoa tem uma atitude crítica em relação a mim? Ela me faz sentir julgado?"
"Sinto-me cheio de energia quando estou ao lado dessa pessoa? Ou ela me faz sentir diminuído e esgotado?"
"Essa pessoa compartilha dos meus valores? Tem o meu nível de integridade?"
"Essa pessoa está comprometida com a nossa relação?"
"Me sinto bem ao lado dela?"
O ideal é você ter relacionamentos de qualidade com pessoas que o incentivem, que constantemente o desafiem a ser melhor, que estejam sempre dispostas a fazer e a dar seu melhor para manter o relacionamento com você.
Para começar a construir relações que toquem seu coração, faça uma espécie de inventário das pessoas com as quais convive. Isso ajudará a identificar as pessoas das quais você prefere se manter distanciado, aquelas com as quais pretende se aproximar e conhecer melhor e aquelas que pretende convidar para fazer parte de seu círculo. Também não se esqueça de se autoanalisar, reconhecendo os seus defeitos e procurando se melhorar. Afinal, você também pode estar sendo um "vampirão" e sempre dá tempo para mudar. Boa sorte!
[Revista Planeta]

PENSAMENTO DO DIA

"A autenticidade é a maior diferença entre os que são, e os que tentam ser." [Jayme Caetano Braun]

terça-feira, 25 de maio de 2010

MEDO DE MUDAR

Por que as pessoas têm tanto medo da mudança? Será que é porque temem o fracasso? E por que seria que associamos a incerteza do futuro com algo negativo?
Tenho recebido muitas pessoas no meu espaço, em São Paulo, com este medo do futuro. Nem sempre as pessoas sabem do que têm medo e nem sempre vêm reclamando especificamente deste medo. Na maioria das vezes, estão tristes, ou sentem-se aprisionadas sem conseguir fazer algo novo em suas vidas.
Foi com estas reclamações que recebi, semana passada, Lucimara. Mulher bonita com mais de cinqüenta anos, com a pele bem cuidada e aparência de 40 anos, ela estava a um passo da depressão. Sua reclamação era não saber o que fazer de sua vida, assim justificava sua não-ação. Estava parada e sua energia também estava estagnada. Numa expectativa natural, ela procurava entender se tinha alguma energia intrusa, ou algum trabalho que fizeram para a vida dela não andar. Mas não havia nada disso. Assim que entrei em sintonia com a sua vibração, apareceu o aprisionamento, mas ela estava presa a si mesma. Com os filhos crescidos, um casado e o outro estudando fora do Brasil, ela sentia a síndrome do ninho vazio, e estava com medo de se deparar consigo mesma.
Formada em direito, sem nunca ter exercido a profissão, sempre dando apoio ao marido, não sabia mais se seria capaz de fazer algo diferente de sua vida e não queria errar. Criada numa família muito exigente, ela assumiu esta característica como sua e não se permitia o erro apesar de aceitar as falhas das pessoas.
Dona de um pensamento muito racional, ela também se atrapalhava porque quando ponderava e pensava sobre o resultado de suas iniciativas, logo chegava à conclusão de que não valia a pena nem tentar. Com isso, foi fechando suas portas, criando mais e mais obstáculos. Tinha tanto medo de lidar com coisas novas que nem queria mais rever suas histórias desta vida. Como veio de um meio humilde, tinha uma série de recalques em sua auto-estima, que disfarçou se prendendo a coisas materiais que, até então, trouxeram alegria, porém, não mais se satisfazia com aquilo que o dinheiro podia comprar.
Lucimara sofria por si mesma. A prisão estava dentro do seu mundo e não nas situações externas e, por incrível que pareça, a cura estava nela e justamente por isso deveria ser fácil, mas não era. Ela precisava dar um impulso em si mesma, mas estava muito difícil.
Casos como o dela, infelizmente, são comuns... As pessoas querem o remédio, a cura, mas muitas vezes têm medo de mudar, têm medo de rever suas apostas e criar desarmonia, desconstruir o ritmo do casamento. Mas nem sempre as mudanças trazem dor.
Amigo leitor, a mudança interna é como reformar uma casa, quando tiramos as coisas do lugar e quebramos as paredes fazemos isso porque sabemos que os ares irão se renovar e que, com isso, teremos mais espaço, mais luz. O impulso para acreditar na vida muitas vezes está no trabalho espiritual. Por isso, encontre o seu lugar, a sua prática, dedique-se, pois o novo pode ser bom. Muito bom.
[Maria Silvia Orlovas]

PENSAMENTO DO DIA

"As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. [Luís Fernando Veríssimo]

segunda-feira, 24 de maio de 2010

GAMBITO

Existe uma jogada no Xadrez que se chama GAMBITO. Em outras palavras: É O SACRIFÍCIO PRESENTE PARA O BENEFÍCIO FUTURO.
Exemplificando, e usando mais uma vez o jogo de Xadrez, é como trocar uma torre, que é muito mais valiosa, por um peão.
Na realidade, nós vivemos fazendo "gambitos" com a nossa vida, desde que queiramos melhorar ou como diria o meu mestre: EVOLUIR.
Trata-se de um processo sempre presente, que é abrir mão de alguma coisa importante para se alcançar algo ainda maior.
No xadrez é a vitória, na vida é vida.
Você talvez não tenha entendido... mas, tudo que se troca em vida não tem outro objetivo a não ser melhorar a própria vida, o próprio ser.
Fica muito mais fácil de ser entendido quando colocamos valores tangíveis em nossos exemplos. Porém, na realidade, precisamos aprender a fazer isso com a energia que produzimos em nossa mente. É um pouco mais complicado porque energia se sente, matéria se toca, se vê, tem até referência de valor pecuniário.
O maior "Gambito" e o que efetivamente vale a pena para a minha vida, é aquele que realizo com os meus valores, os quais procuro serem os adequados e corretos para mim. São eles que geram os meus pensamentos. É deles que brotam as minhas ações e também de que forma encaro esta encarnação.
Um fato verídico aconteceu com um amigo, muitos anos atrás. Ele estava disputando os Jogos Abertos em Santa Catarina, meu Estado, e jogava a partida final, disputando a medalha de Ouro.
Estava com a partida ganha. Levantou-se, sem que o certame tivesse terminado, foi até o local onde estavam as medalhas e colocou em seu peito a medalha de ouro. Assim ficou por alguns segundos... afinal, a partida estava ganha.
Voltou a jogar, totalmente desconcentrado, e PERDEU A PARTIDA...
Sempre que a situação permite, ele me narra este momento de sua vida e diz: Depois disso NUNCA MAIS JOGUEI XADREZ.
Hoje pude lhe dizer:
Acho que você está equivocado. Deve, sim, jogar Xadrez... sinto que, em verdade, perdeu um jogo e a medalha de ouro, mas ganhou uma vida. Olhe para trás e perceba que você acabou de fazer um gambito... Aprendeu muito sobre soberba, arrogância, sobre subestimar um adversário e, principalmente, que tudo na vida precisa ser feito com humildade.
Mas fica a dúvida: O que teria acontecido se você tivesse tido sucesso no jogo, naquela competição? Talvez não fosse o ser humano brilhante que é hoje! Poderia ter se tornado um chato, em vez de aprender como deve ser encarado cada tropeço em nossa vida. Na verdade, jamais saberemos como de fato poderia teria sido este lado da medalha, do exemplo de vida...
Assim, nada em nossa caminhada acontece sem um propósito, sem uma razão. Tudo é Causa e Efeito. Sempre somos nós que escolhemos as paradas, os descansos, os desafios e as lutas que iremos travar em nossa trilha desta vida.
Por outro lado, para deixar tudo com mais "sabor" temos o medo, que só gera uma coisa: insegurança.
Cabe, portanto, pela ótica de nossos valores, buscar a correta compreensão do que queremos ser em nossas vidas e quais "gambitos" estamos dispostos a fazer, em busca da excelência de nossas colheitas. Saber ceder para ganhar. Sempre, como o Bambu, vergar sem quebrar...
Sei que nos veremos. Cuide-se. Beijo na alma.
[Saul Brandalise Jr.]