domingo, 12 de dezembro de 2010

A AJUDA DIVINA CHEGA QUANDO ESTAMOS DISPOSTOS A NOS AJUDAR


Muitas vezes, ficamos reclamando e pedindo incessantemente a Deus que nos ajude. Só que na verdade, geralmente, o pedido oculto é para que Ele nos salve. Queremos que um milagre aconteça para que possamos sair do buraco em que estamos -às vezes, é assim que nos sentimos-, sem que, para isso, precisemos fazer algum esforço. Acreditamos que fizemos tudo "direito", que não cometemos erros, que o que está nos acontecendo de ruim "não é nossa culpa" e, com isso, nos sentimos até mesmo vitimizados e excluídos dos Planos de Deus. Quanto mais acreditamos nisso, mais ficamos choramingando, reclamando e pedindo ajuda a "Deus e a todo mundo". Mas nunca estamos satisfeitos com a ajuda que recebemos, estamos sempre nos sentindo contrariados e não compreendidos. As pessoas que resolvem nos estender as mãos nunca o fazem da forma conforme gostaríamos e acabamos não aceitando ou não reconhecendo o apoio que nos oferecem. Desvalorizamos e desqualificamos toda a ajuda que não seja exatamente de acordo com o que queremos e acreditamos ser o que estamos precisando.
Isto ocorre porque nosso Ego acredita saber o que precisamos e como a ajuda deve ser e acontecer. Ele só quer que melhoremos e nos sintamos bem e felizes e, para isso, busca fórmulas mágicas, práticas e imediatas de trazer aquilo que ele, em sua ignorância, necessita. O Ego quer que o mundo à nossa volta mude, ele acredita que sempre fazemos tudo certo e que os outros são errados e querem nosso mau e, para mudar o mundo, ele quer que possamos encontrar meios de nos fortalecermos, através da ajuda, para manipularmos e controlarmos a tudo e a todos.
Se ficarmos presos a isso, só atrairemos as "ajudas erradas" e jamais estaremos prontos para receber a ajuda real e divina. E, quando esta bater à nossa porta, não a reconheceremos, pois estaremos com uma vibração tão negativa que não conseguiremos sentir e perceber a vibração divina e sutil que a real ajuda emana.
Mesmo porque, a ajuda divina, nem de longe é a ideal, para nosso Ego ignorante, arrogante e prepotente. Refiro-me ao Ego desta forma, quando ele está em uma condição de desequilíbrio, pois precisamos do Ego, mas desde que ele esteja saudável e alinhado ao nosso Eu Real, e atuando em parceria e sob o comando deste. Conseqüentemente, quando a ajuda divina chega, o Ego a rejeita e reclama mais intensamente. Normalmente, ela contém as condições e características que mexem com a nossa realidade interna, fazendo-nos sentir incômodo e até mesmo irritabilidade, em determinados contextos. Esta é uma reação do Ego tirano que não quer de verdade ser ajudado, só quer ser salvo, para continuar no poder e controlar o mundo ao seu bel prazer. Assim, ele a descartará ou, pior ainda, fará de tudo para nos afastar dela, para não correr o risco de nosso coração se manifestar com a proximidade da vibração divina e nos fazer sentir e perceber que essa é a ajuda que de verdade precisamos. O coração nos dirá: Ela parece estranha, dará trabalho para sair disto e assumir a responsabilidade, mas é desta ajuda que preciso e que vou aceitar!
Mas o Ego abomina toda e qualquer possibilidade, mínima que seja, de que nosso coração se desperte diante de um apoio verdadeiro. O coração nos levará à entrega ao nosso Eu Real e, este sim, sabe que tipo de ajuda realmente precisamos.
Esta ajuda divina nos trará todas as condições iniciais necessárias para que possamos de verdade sair do atoleiro em que nos colocamos. Sim, nós nos colocamos, não é a vida nem ninguém que faz isso conosco. Portanto, aqui já deparamos com a auto-responsabilidade e esta nos dá trabalho e nos assusta. Aqui o Ego se defende e se manifesta, e nos faz sentir uma imensa preguiça e nos faz acreditar que será impossível sair do atoleiro através das opções de apoio apresentadas.
A ajuda divina nos mostra que o caminho verdadeiro que nos tirará do atoleiro, é o caminho para dentro. De qualquer forma que essa ajuda se manifeste, ela nos levará a olhar para dentro de nós para encontrarmos todas as respostas, aspectos negativos, verdades ocultas, conhecermos a nossa responsabilidade sobre tudo o que nos acontece e, principalmente, nos levará a encontrar todos os potenciais, capacidades, ferramentas e dons necessários, não só para sairmos do atoleiro, mas, principalmente, para darmos uma guinada em nossa vida e nunca mais retornarmos à condição lamentável em que estávamos.
Com isso, nossa consciência desperta para esta verdade, mas de uma forma que nos leva para além de um simples conceito -conforme estamos cansados de saber-, e nos leva a sentir essa verdade no fundo do nosso coração. Conseguiremos compreender com a alma o significado daquilo que viemos ouvindo por muito tempo, mas que nunca conseguíamos de fato trazer para nossa realidade divina e verdadeira, trazendo-nos, assim, as possibilidades de verdadeiramente efetuarmos mudanças e realizarmos nosso propósito de vida.
A ajuda divina nos mostrará que de nada adianta mantermos a condição anterior, de buscar ajuda da forma errada e sem querermos fazer nossa parte, e de nunca estarmos satisfeitos com o apoio que recebemos, sempre exigindo mais e mais das pessoas que nos ajudam, mas nunca aproveitando e apreciando o que nos oferecem. Ou fazemos a nossa parte e buscamos nossas realizações ou ficaremos eternamente atolados em nossas próprias armadilhas.
Se estivermos verdadeiramente dispostos e prontos a nos ajudar, a ajuda divina chegará e a reconheceremos imediatamente. E, principalmente, saberemos como aproveitá-la e como utilizá-la de forma sábia em nossa vida.
Deixo aqui uma sugestão: Ajude-se, tome uma atitude madura diante de si mesmo e só busque ajuda se, de verdade, estiver disposto a sair de suas dificuldades, com seus próprios recursos internos. O apoio que vier em verdade será apenas para te fazer acreditar mais em si mesmo para que prossiga com segurança e determinação.
[Teresa Cristina Pascotto]

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