quarta-feira, 1 de junho de 2011

A DOUTRINA SECRETA DE JESUS



Foi em 1917 que o psicólogo e lingüista Max Freedom Long chegou ao Havaí. Vindo dos EUA, ficou fascinado com a cultura local. Aprendeu muito sobre a filosofia de vida do povo. Tentou desvendar sua origem desconhecida. Percebeu que o idioma seguia um código, que logo tentou decifrar. Os kahunas ou guardiães do segredo não quiseram, de modo nenhum, informá-lo. Apesar disso, Long conseguiu chegar perto. Assim, passou a empregar o termo Huna — segredo para designar filosofia descoberta.
Após sua volta a Califórnia, começou descrevê-la. Este código e os símbolos já haviam sido usados nos quatro evangelhos, só para ocultar os segredos neles contidos. Assim, surgiu seu livro O Código Secreto de Jesus. Descreve a origem do código. Derivado do antigo Egito; chegara ao Havaí através da Índia e Madagascar. Aliás, no Havaí ainda é usado como língua corrente. Long sustêm que a doutrina dos kahunas contém os reais ensinamentos de Jesus - graças a sua compreensão, o cristianismo poderia ser vivido em sua forma original e benéfica.
"Tenho uma história estranha e quase incrível a contar", começa seu livro A doutrina Secreta de Jesus. Nos anos vinte, morei no Havaí; Quando sobrava tempo, escrevia romances policiais. Faziam pouco sucesso. Mas tive de criar enredos e, portanto, via códigos e métodos para decodificá-los. Isso aprimorou meu olhar para tudo o que se assemelhasse a um código.
Naquele tempo, comecei a escrever sobre a religião e os ritos dos kahunas - sacerdotes que haviam sumido pouco antes e usavam métodos ultra-secretos para ocultar sua magia. Fiz uma descoberta agradável: o 'segredo' estava 'encoberto' por um código. Fiquei fascinado; logo tentei decifrá-lo. Porém, não foi fácil. Descobri que os sacerdotes locais tinham usado uma rara combinação de sua língua, misturando-a com estranhos símbolos tipo 'água', 'gafanhoto', 'luz', 'pássaro' e outros; ao desconhecer o sentido, s iam ficando grandes lagunas difíceis de preencher.
No início, apenas pude decifrar algumas poucas partes. O progresso foi vagaroso. Meu primeiro livro Recovering the Ancient Magic foi impresso em 1936, antes de estourar a guerra. Bombas destruíram os poucos exemplares restantes.
Milagre: um leitor, um jornalista inglês, escreveu-me ter descoberto um povo no Marrocos que fazia uso da mesma doutrina secreta. A líder, uma mulher, ensinou-lhe alguns rudimentos básicos - suficientes para progredir na minha pesquisa, especialmente dos termos em código.
Estranhamente, a tribo possuía palavras diferentes para descrever sua religião. Deduzi tratar-se de um dialeto da Polinésia similar ao havaiano e, mais, ao falado no Taiti.
Reginald Stewart tinha sido adotado como irmão de sangue da kahuna mulher quahine. Pouco depois, num conflito tribal, a experiente quahine foi morta. Ele voltou para casa. Conservou suas notas, incompletas, não sabendo como desvendar aquele ritual mágico. Depois da guerra, Long, ampliou suas notas. Seu seminal Milagres da Ciência Secreta foi útil para criar, no mundo todo, uma rede de cientistas interessados. Para 'testar' a nova magia em grupo. Deu com um mistério inesperado: o tal código servira para redigir os quatro evangelhos e encobrir a doutrina secreta de Jesus!
Após ter certeza que fatos eram a base desta descoberta, fui tolo em pensar que cristãos se interessariam. Ledo engano. Escrevi cartas e dei de presente meus textos. Impossível ter um código num texto santo!
Haveria unanimidade de só um charlatão ser capaz disto? Nenhuma resposta. Um muro de silêncio! Minha tese ia contra seu credo? Ou seu cargo, talvez? Nunca cheguei a descobrir o que realmente pensavam.
Meu livro visava pessoas menos presas às velhas idéias cristãs.
Escutem-me! Só pedia isso. Sem querer corrigir ninguém. Apenas contar do novo cristianismo revelado pelo código decifrado pelo cristianismo original. Nem em São Paulo, nem nos Apóstolos há referências dos autores estarem cientes do código. Isso me fez questionar todos os aditivos incluídos por São Paulo. Só os quatro evangelhos contêm o que Jesus ensinava.
No antigo Egito, foi detectado origem e uso do código. Pode-se acompanhar a migração dos povos que, no dia a dia, empregavam o idioma codificado. Achei termos secretos de suas línguas, além do Egito, na ilha de Madagascar; de tribos viajantes no Pacífico, na Nova Zelândia, na Ilha de Páscoa e no Havaí. Povos que conheciam muitas histórias da Bíblia, a Criação, Adão e Eva; porém, nenhuma menção de Jesus. Migraram, evidente, antes de surgir o cristianismo.
"Penso que nestes tempos de transição é preciso repor a religião no coração das pessoas, no lugar que ela merece. Temos de renovar o cristianismo e livrar o legado de Jesus dos dogmas aprisionantes.
Assim, teremos uma religião plena de valores puros e éticos. Isso nos reconduzirá à verdadeira doutrina do Mestre. Poderemos voltar a uma fé com base em algo real. Esse algo ajuda e eleva nossas preces, desde que oremos de modo certo.
Ao revelar o que Jesus, em seu tempo, queria ocultar das massas, restará uma doutrina bem mais razoável e satisfatória, a herança magnífica que Jesus nos legou — e que será nossa ao abrir, a ela, nossos corações e mentes.
Um código quase indecifrável. Após quase 2000 anos, a chave para o código oculta nos quatro evangelhos foi achada. Suspeitava-se todos estes anos de sua existência, já que Jesus dissera: "A vós é concedido entender os segredos sagrados do reino dos céus, mais a esses não é concedido". Mt 13:10.
"É por isso que lhes falo usando parábolas, porque olhando, olham em vão, e ouvindo, ouvem em vão, nem entendem". Mt 13:13.
Ao decifrar o código e revelar a 'doutrina secreta', uma nova e maravilhosa luz caiu sobre os ensinamentos do mestre. Apenas uma pequena parte da doutrina, percebeu-se, foi permitida chegar às mãos dos não iniciados. Porém, aos iniciados, os discípulos, foi dada uma soma de novo saber. Este saber está hoje novamente disponível.
Revelou-se o verdadeiro significado de muitas passagens obscuras, inclusive a misteriosa 'oração do milagre'. Agora ficamos cientes de uma maravilhosa salvação, de uma promessa ainda maior.
Será de grande valor para nós a correção dos inúmeros erros feitos por não entender os significados dos ensinamentos externos. Assim, podemos eliminar as doutrinas erradas surgidas por mal-entendidos. Como prêmio, surgirá uma nova, vital e prática religião.

[Jens Federico Weskott]

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